Inflação das férias escolares pesa no bolso dos consumidores, aponta pesquisa da FGV
ORÇAMENTO As férias escolares exigem mais do orçamento familiar. Se a opção das famílias for viajar, as despesas com excursão e tour (5,97%), bares e lanchonetes (4,97%) e refeições em restaurantes (3,51%) podem encarecer o passeio. De acordo com o IPC-10/FGV, calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre), esses serviços ultrapassaram a inflação acumulada nos últimos 12 meses, até dezembro de 2017, que ficou em 3,24%. Os que optarem por ficar em casa vão perceber que reforçar a despensa com as guloseimas favoritas de crianças e adolescentes ficou mais barato. A cesta de gêneros alimentícios composta por 10 itens subiu 1,89%, abaixo da inflação acumulada este ano. No levantamento feito pelo economista e coordenador do IPC do FGV Ibre, André Braz, bombons e chocolates (-9,32%), biscoitos (-0,13%) e salsicha e salsichão (1,93%) estão com preços mais baixos. Já o lazer na cidade não deve dar trégua ao bolso de papais e mamães. Os shows musicais registraram aumento de 11,75%, enquanto clubes de recreação subiram 8,29% e cinemas, 6,97% – variações bem acima da inflação medida pelo FGV Ibre. Para Braz, seja qual for a escolha da família, a melhor opção é sempre planejar. “As viagens programadas são bem-vindas. A provisão antecipada do dinheiro das férias evita que o orçamento familiar de janeiro entre no vermelho. Lembrando que em janeiro aparecem gastos como matrícula escolar, material didático, IPVA e IPTU”, explicou o especialista.