Juiz adia decisão sobre o pedido de prisão domiciliar feito por Maluf
SÃO PAULOO juiz Bruno Macacari, da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, adiou a decisão sobre o pedido de prisão domiciliar feito pelo deputado Paulo Maluf (PP-SP) até que médicos do IML (Instituto Médico Legal) respondam a novas questões elaboradas pela defesa. Em despacho ontem, o juiz Bruno Macacari deu prazo de dez dias para as respostas. “Considerando que a) a decisão definitiva acerca do pedido de prisão domiciliar depende do pleno esclarecimento dos pontos levantados pela defesa [...]; b) que nada indica que o sentenciado esteja sob risco de saúde ou submetido a tratamento degradante; e c) que os pro- fissionais do IML estão em regime de plantão, o que inviabiliza a resposta imediata aos 40 quesitos formulados [pela defesa], relego a decisão para momento posterior às elucidações”, declarou Macacari. A defesa de Maluf, que está preso na Papuda, em Brasília, desde sexta-feira (22), pediu para os médicos legistas se manifestarem sobre o problema cardíaco que acomete o deputado e sobre questões de acessibilidade na Papuda. Na terça-feira (26), a Vara de Execuções Penais recebeu um laudo assinado por dois médicos legistas que atestaram que o deputado sofre de doenças graves e permanentes, como câncer de próstata e problema na coluna, mas não depende de cuidados contínuos que não possam ser prestados na Papuda. O advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, considerou que o laudo não tratou do principal problema, o cardíaco. “Ignorou que o parlamentar sofre de doença cardiovascular [...] Esse é justamente o agravo que coloca direta e mais agudamente em risco a vida de Maluf e para a qual se requer estrutura específica de atendimento de urgência”, disse Kakay, ao justificar as novas perguntas. No despacho de ontem, o juiz também determinou a instalação de barras e suportes na cela onde está Paulo Maluf.
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