Correio da Bahia

Novos protestos contra o governo deixam mortos e feridos no Irã

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TEERÃ Dois manifestan­tes morreram, na madrugada de ontem, quando participav­am de protestos no oeste do Irã, informou a Agência de Notícias Mehr. As mortes foram as primeiras reportadas nos protestos em curso no país. As manifestaç­ões contra os problemas econômicos do

Irã, que começaram na quinta-feira (27), são as maiores a atingir a república islâmica desde os manifestos durante as eleições presidenci­ais de 2009. Milhares tomaram as ruas de diversas cidades iranianas, começando em Mashhad, a segunda maior cidade do país e um local sagrado para peregrinos xiitas. Os protestos também se espalharam para a capital, Teerã, forçando a televisão estatal a quebrar o silêncio no sábado. Pelo menos 100 manifestan­tes já foram presos desde a quinta-feira, disseram autoridade­s do país. Ontem, a Agência de Notícias Ilna informou que as autoridade­s prenderam cerca de 80 pessoas somente em Arak, a cerca de 280 quilômetro­s ao sul de Teerã. O presidente do Irã, Hassan Rouhani, fez ontem seu primeiro discurso desde que os protestos generaliza­dos começaram no país. Rouhani disse que as pessoas têm o direito de protestar, mas essas manifestaç­ões não podem arriscar a segurança e a vida da população. Rouhani também criticou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pelos tweets sobre o protesto, dizendo que ele "se esqueceu que chamou o povo iraniano de 'terrorista' há alguns meses". De acordo com a TV estatal iraniana, as autoridade­s do Irã bloquearam o acesso à rede social Instagram e ao serviço de mensagens Telegram. A reportagem citou uma fonte não identifica­da afirmando que a decisão está "em linha com a manutenção da paz e da segurança dos cidadãos".

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Desemprego e alta da inflação motivaram os protestos no Irã

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