Deu África
O tabu brasileiro na Corrida de São Silvestre se prolonga por mais um ano. Desde 2010 sem ganhar a prova, o país viu dois africanos dominarem a competição, que chegou ontem pela manhã à 93ª edição nas ruas de São Paulo.
O etíope Dawit Admasu venceu a disputa masculina e a queniana Flomena Cheyech ganhou a feminina. Não bastasse estender o jejum que dura desde 2010, ontem o Brasil fez sua participação do século. A melhor brasileira na disputa foi Joziane Cardoso, que ficou na décima colocação. Ederson Vilela foi 11º entre os homens.
Ademais, esta foi a primeira vez desde 2011 que a São Silvestre não teve sequer um atleta do país no pódio.
Na elite masculina, o grupo se manteve unido até que o queniano Edwin Kipsang Rotich foi calçado pelo brasileiro Wellington Bezerra e caiu. Mas ele não se desestabilizou e pouco depois assumiu a liderança da prova, com Dawit Admasu e Paul Lonyangata na cola.
Admasu pouco depois assumiu a liderança e manteve passadas firmes para abrir uma vantagem confortável. E conseguiu manter a dianteira e cruzar a linha de chegada em primeiro com o tempo de 44min17s, seguido por seu compatriota Belay Bezabh e pelo queniano Edwin Rotich. O brasileiro Ederson Vilela completou em 46min59s.
No feminino, o pelotão esteve agrupado, mas aos poucos a queniana Filomena Cheyech se desgarrou e, no oitavo dos 15 quilômetros, se distanciou das adversárias. E aos poucos ampliou a diferença até que suas rivais não aparecessem mais ao fundo. Ao final, venceu com o tempo de 50min18s, à frente das etíopes Sintayehu Kailemichael e Birhane Adugna. Joziane Cardoso fez em 54min07s.
Entre os cadeirantes, Leonardo Melo venceu no masculino, seguido por Carlos Pierre e Heitor Mariano. No feminino, Vanessa Cristina desbancou a favorita Aline Rocha.