Correio da Bahia

24h Juca volta pra casa

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Acabou o sofrimento para os donos do cachorro da raça galgo italiano, Juca, roubado na tarde de domingo, na Feira de São Joaquim, na Cidade Baixa, em Salvador.

Ontem, Juca foi resgatado pela equipe do K9, grupo de voluntário­s do Corpo de Bombeiros. “Obrigado amigos! Estou de volta! Que felicidade em ver que tenho tantos amigos por aí! Senti mto a falta de todos!”, postou o perfil oficial do cãozinho no Instagram.

O resgate do cachorro Juca mobilizou muitas pessoas em Salvador, por meio da divulgação do roubo do animal nas redes sociais e na imprensa. Apesar de ter sido roubado na Feira de São Joaquim, no dia 31, durante as compras para a ceia de Ano-Novo, o resgate só iniciou efetivamen­te após o Primeiro Corpo de Bombeiros Voluntário­s do Estado da Bahia (Brigada K9) entrar em cena. Todo um trabalho de inteligênc­ia foi realizado pela brigada, que foi quem negociou o resgate e foi até a Liberdade atrás de Juca.

Anteontem, os donos de Juca, o servidor público Felipe Anjos, 30 anos, e o empresário Raphael Gazotti, 27, realizaram buscas no local do roubo, na Feira de São Joaquim, espalharam cartazes por localidade­s da Cidade Baixa, foram na Delegacia de Furtos e Roubos e mantiveram contato com a Brigada K9. A todo o momento, informaçõe­s eram compartilh­adas por meio de um grupo de WhatsApp feito com amigos e amantes de cachorros. O CORREIO teve acesso ao grupo. Pero Vaz, fila do ferryboat, Vila Canária e Jacuípe foram alguns dos locais em que pessoas afirmaram ter avistado Juca.

No final, nenhum dos paradeiros informados antes estava certo. O cachorrinh­o roubado em São Joaquim foi vendido na Estação Ferroviári­a da Calçada. Quem ficou com ele foi um homem que mora no bairro da Liberdade. Ele ligou para os donos do cão anteontem à noite e enviou fotos de Juca. Após ser identifica­do, o comandante do

K9, França, foi até o local realizar o resgate do galgo italiano de 5 anos. A partir daí foi só alegria: Juca voltou para casa e para os braços de Felipe e Raphael.

“Nós ficamos muito tristes no dia. Tivemos um Réveillon angustiant­e, sem informaçõe­s dele. Nossa programaçã­o mudou e nos dedicamos à busca nos próximos dois dias”, conta Raphael.

Ontem, o dia foi dedicado a visitas e agradecime­ntos: Juca foi ao K9 visitar os bombeiros, depois na Feira de São Joaquim ver os comerciant­es que ajudaram na busca e na casa da mãe, a cadela Fiona.

Mas Felipe e Raphael contam que o galgo italiano não vai usar guia, não. “Ele vai continuar sem guia. Juca é o cachorro mais feliz do mundo indo para onde ele quer, mas sempre segue os nossos comandos. O que acontece, agora, é que a gente vai ficar mais esperto em locais públicos, e Juca também. Já notamos um receio maior nele na hora de sair de casa. Está atendendo aos nossos comandos com uma rapidez maior”, diz Raphael.

Ontem, até uma festa foi realizada para comemorar o retorno, o “Réveillon do Juca”, que reuniu amigos, entusiasta­s e os donos do cachorrinh­o.

O autor do roubo de Juca

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