Políciais cobram salários no RN
SEM DINHEIRO Correndo o risco de serem presos, muitos policiais civis do Rio Grande do Norte não se apresentaram, ontem, na Delegacia Geral de Polícia Civil (Degepol/RN), alegando falta de dinheiro para passagens, combustível e alimentação. Outros colegas, no entanto, fizeram um ato em frente à unidade, usando algemas, em referência à decisão do Tribunal de Justiça do RN, que determinou o imediato retorno ao serviço sob pena de multa e prisão por descumprimento da decisão. Cobrando os pagamentos dos salários de novembro, dezembro e 13º terceiro de 2017, os policiais civis reduziram o serviço ao mínimo desde o dia 19 de dezembro. Em mais uma tentativa de solucionar o impasse, representantes do Sinpol/RN se reuniram com a delegada-geral, Adriana Shirley, mas não chegaram a um acordo. Em situação similar estão os policiais militares. Gradativamente, desde anteontem, soldados e oficiais voltaram às ruas. O presidente da Associação dos Subtenentes e Sargentos de Polícia e Bombeiros Militares, Eliabe Marques, disse que apenas 42 das 1.500 viaturas da PM estão em operação. Ontem, o Observatório da Violência Letal Intencional (OBVIO) divulgou que 101 pessoas morreram no estado devido à crise na segurança. Já o governo do RN anunciou para sábado (6) o pagamento da folha de novembro dos servidores.