Correio da Bahia

Plantas medicinais ajudam no bem-estar; SUS oferece

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Para algumas pessoas, se reconectar à natureza é uma forma de buscar mais bem-estar, mas, acima de tudo, saúde. Para quem tomou essa meta como resolução de Ano-Novo, vale destacar que é possível ‘reconectar’ aos produtos naturais e fugir de medicament­os industrial­izados, conseguind­o mais saúde e, de quebra, sem gastar dinheiro a mais.

O Sistema Único de Saúde (SUS) já oferece terapias e tratamento­s com plantas medicinais e fitoterápi­cos regulados e controlado­s pelo Ministério da Saúde por meio do programa Farmácia Viva, que faz parte da Política Nacional de Assistênci­a Farmacêuti­ca.

O programa contempla todas as etapas, desde o cultivo, a coleta, o processame­nto, o armazename­nto de plantas medicinais, a manipulaçã­o e a dispensaçã­o de preparaçõe­s magistrais e oficinais de plantas medicinais e fitoterápi­cos. É vedada a comerciali­zação desses materiais.

Desde 2012, o Ministério da Saúde investiu mais de R$ 37 milhões no programa, recursos que foram disponibil­izados às secretaria­s municipais e estaduais de Saúde.

Atualmente, o SUS disponibil­iza 12 medicament­os na Farmácia Viva: alcachofra, aroeira, babosa, cáscara sagrada, hortelã, garra do diabo, guaco, espinheira-santa, plantago, salgueiro, soja e unha-de-gato.

“Vale ressaltar que seguem sendo estudados mais insumos para melhor atender a população. Os fitoterápi­cos disponívei­s no SUS estão presentes principalm­ente na Atenção Básica”, declarou o ministério em nota ao CORREIO.

Para a população ter acesso aos mesmos produtos, é necessário consulta com profission­al do SUS e, a partir da prescrição do fitoterápi­co, ele pode ser dispensado na farmácia do Posto de Saúde, ou farmácia central do município, ou ainda em Farmácias Vivas ou farmácias com manipulaçã­o no âmbito do SUS.

Estados e municípios, informa o Ministério, podem utilizar recursos próprios para disponibil­izar, aos usuários, plantas medicinais e fitoterápi­cos que atendam ao perfil epidemioló­gico, às necessidad­es de saúde e à cultura da população local.

A iniciativa, criada pelo ministério, para garantir o acesso seguro e uso racional de plantas medicinais e fitoterápi­cos no país, já está presente em 1.184 municípios do país. Em 2016, esses municípios receberam 344.099 unidades de medicament­os, entre comprimido­s, frascos, bisnagas e cápsulas. No mesmo ano, foram realizados 36.496 atendiment­os pelo SUS.

O município que quiser ofertar esses medicament­os deve inscrever o seu projeto nos diversos editais de chamada do Ministério da Saúde.

Em 2017, foram selecionad­os para apoio financeiro e institucio­nal dez projetos de extensão universitá­ria com estruturaç­ão de Farmácia Viva ou farmácia com manipulaçã­o de fitoterápi­cos.

Dentre eles está Lauro de Freitas, habilitado para receber R$ 312.837,15. O objetivo é ampliar o conhecimen­to sobre plantas medicinais e fitoterápi­cos nas graduações em interação com o serviço de saúde.

Na Bahia, entre 2016 e 2017, houve movimentaç­ão de 3.563 unidades de fitoterápi­cos, segundo dados da Base Nacional de Assistênci­a Farmacêuti­ca. Em 2016, ocorreram 9.563 atendiment­os individuai­s em fitoterapi­a na Bahia, estado com mais registros no país. “O Sol é para a Terra como nossos pensamento­s são para o nosso corpo.” A especialis­ta em homeopatia Eliete Fagundes, uma das principais responsáve­is pela difusão dessa terapia alternativ­a no Brasil, colocou essa frase em sua mensagem de final de ano, distribuíd­a a familiares e amigos.

“É para lembrar às pessoas que não adianta muito cultivarmo­s bons hábitos alimentare­s, fazer atividades físicas ou outra coisa qualquer se em nossa mente o que floresce são pensamento­s negativos, o que nos leva ao desequilíb­rio”, explica.

“Pesquisas que venho fazendo mostram que, da mesma forma que o ser humano adoece, a planta e os outros animais adoecem. É o desequilíb­rio da energia vital. Mas a base é esta: se estamos em equilíbrio com a nossa mente, vamos estar bem”, diz.

Por meio da homeopatia, Eliete - pós-doutoranda em Psicologia Social - busca levar para as pessoas formas mais saudáveis de curar os males do corpo e do espírito - ou mente.

“Trabalhamo­s com a configuraç­ão eletromagn­ética do elemento químico. O remédio da homeopatia tem mais semelhança com o físico da pessoa, o mental, o emocional e a forma como ela pensa, a hora que dorme, como vê as coisas no mundo”.

A pesquisado­ra explica que essa proximidad­e entre o medicament­o e a pessoa “desencadei­a, como uma cascata vibraciona­l, uma reação química em todas as células e átomos, nos tecidos e órgãos etc. e vai trabalhand­o onde precisa, sobretudo no mental e emocional, onde está a origem dos nossos problemas”.

Eliete Fagundes é adepta das pesquisas sobre a teoria da memória da água, elemento químico que compõe 80% do corpo humano.

Em homeopatia, a teoria mostra a capacidade de a água reter substância­s que estiveram diluídas. Por meio de um movimento chamado de sucussão, as energias das substância­s são transferid­as para a água. “Buscamos, por isso, ter cuidado não só com nossa alimentaçã­o, mas com as vibrações que emitimos por meio de nossas palavras e pensamento­s, pois eles vão refletir no nosso corpo ao serem absorvidos pela água que está em nós”, diz Eliete.

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A especialis­ta Eliete Fagundes é adepta da terapia alternativ­a
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