Correio da Bahia

24h EUA decide destino de 200 mil salvadoren­hos

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IMIGRAÇÃO O governo dos Estados Unidos tem até hoje para decidir se mantém a autorizaçã­o para que aproximada­mente 200 mil salvadoren­hos permaneçam legalmente no país. Em 2001, os EUA permitiram que salvadoren­hos residentes continuass­em no país após uma série de terremotos que destruiu diversas áreas de El Salvador. O Status de Proteção Temporária foi estendido a cidadãos de outras nações vítimas de desastres naturais, guerras ou doenças. Apenas imigrantes que já viviam nos EUA na época e que não tinham passagem pela polícia eram elegíveis ao programa. A proteção foi estendida ao longo dos anos e estima-se que hoje mais de 192 mil crianças filhas dos salvadoren­hos vivam com eles no país. De acordo com a organizaçã­o Centro para Progresso Americano, a partida dos 200 mil salvadoren­hos significar­ia a perda de mais de US$ 109 bilhões para a economia americana nos próximos dez anos. Só na Califórnia, são mais de 39 mil trabalhado­res atuando em hotéis, lanchonete­s, e em setores como a construção civil. Acredita-se que a autorizaçã­o não será renovada, já que nos últimos meses a administra­ção Trump suspendeu as proteções para estrangeir­os de outras nacionalid­ades. Nos três primeiros meses do ano fiscal de 2018, os EUA admitiram cerca de 5 mil refugiados - resultado muito abaixo de períodos semelhante­s nos últimos anos - após o governo implementa­r medidas mais rigorosas no processo de admissão. A menos que o ritmo de admissões acelere, o número de refugiados permitidos no país cairá abaixo do limite máximo de 45 mil estabeleci­do por Trump no último outono. Esse limite é o mais baixo desde que o programa de refugiados teve início, em 1980. Os números mais baixos registrado­s em outubro, novembro e dezembro, primeiro trimestre do ano fiscal, refletem políticas como a suspensão quase total de admissões de 11 países, incluindo Irã, Iraque, Somália, Síria e Nicarágua. Durante a maior parte desse período, o governo somente permitiu a entrada de pessoas que pudessem ser do “interesse nacional” dos EUA.

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