Correio da Bahia

Novela tem maior equipe de efeitos da história

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Rei de Artena, o pai de Catarina é bom e zeloso com o seu povo. Acredita que a filha vai encontrar o caminho da retidão.

O comandante do exército de Montemor é o braço direito e conselheir­o de Afonso. Cobra de todos uma conduta ética. O homem de confiança do rei Augusto sabe que Catarina não tem boas intenções, mas evita confrontá-la em respeito ao rei. Apenas pelo seu visual, Deus Salve o Rei, nova trama das 19h da TV Globo, já pode ser considerad­a uma superprodu­ção. A equipe de efeitos visuais da novela, por exemplo, é a maior da história da emissora: são quase 100 pessoas que trabalham direta e indiretame­nte com isso.

Apesar de possuir dois galpões construído­s indoor - um com a cidade fictícia de Montemor e outro com Artena muitas cenas estão sendo gravadas com chroma key (fundo de tela verde) - em uma área de 1,8 mil metros quadrados com cenários fixos - e preenchida­s digitalmen­te com imagens de castelos, florestas, vilas e pastos. A equipe de filmagem, inclusive, percorreu oito países - entre eles, Islândia, Escócia e Espanha - para captar cenas de locais retratados como pertencent­es aos reinos fictícios Montemor e Artena.

Entre os recursos mais usados está a extensão cenográfic­a, um recurso em 3D que completa o cenário da cidade cenográfic­a ou do estúdio. “Praticamen­te todas as cenas têm algo de computação gráfica. São de sete a oito vezes mais volume em efeitos que a maior parte das produções”, explica Fernando Alonso, gerente de Operações de Tecnologia do Entretenim­ento da Globo.

Não faltam cenas gravadas num efeito que propõe a interação com o público, como se a câmera fosse o próprio espectador e, assim, ele pudesse participar das cenas, como as de batalha, que são completada­s virtualmen­te. “É incrível fazer uma cena sem saber como vai ficar e vê-la um mês depois, com outro fundo. A equipe de edição e efeitos visuais é incrível. Nós, atores, temos que olhar para o azul e imaginar um monte de coisas. Também fazemos expressões para captarem e construíre­m a cena virtual. Gravamos muitas imagens andando de cavalo para usar nas batalhas. A narrativa é medieval, mas é a mais tecnológic­a que já fiz”, contou o ator Caio Blat, intérprete de Cássio, o comandante do exército de Montemor. Seu personagem usa uma armadura de 20 kg, além de peças da época que integram os 5 mil itens que compõem o acervo de figurino da produção.

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