Correio da Bahia

Poupança tem maior ganho real em mais de 10 anos

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A inflação oficial de 2017 a 2,95% contribuiu para o ganho da caderneta de poupança. Segundo o Banco Central, o rendimento nominal da poupança acumulado no ano passado atingiu 6,8%.

O ganho real da poupança, descontada a inflação, ficou em 3,9%, o maior desde 2006, segundo o economista Fabio Bentes, chefe da Divisão Econômica da Confederaç­ão Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). “Isso ajudou bastante o consumidor de modo geral, especialme­nte o de baixa renda. E para aquele que aplica seus poucos recursos na poupança, o ano de 2017 foi favorável. Gerou um ganho real de 3,9%”.

Segundo Bentes, é improvável que o resultado dos rendimento­s se repita este ano e a aplicação deve fechar 2018 com ganho real entre 2% e 2,5%. A professora dos MBAs da Fundação Getulio Vargas Myrian Lund destacou que há dois tipos de rendimento­s de poupança: um para depósitos feitos até 3 de maio de 2012 e outro para aplicações a partir de 4 de maio do mesmo ano.

No caso dos primeiros investimen­tos, que rendem 0,5% ao mês mais a Taxa Referencia­l, é vantajoso manter o dinheiro aplicado, segundo a especialis­ta. Os depósitos feitos a partir de 4 de maio de 2012 são calculados com base na taxa básica de juros, a Selic, sempre que esta for igual ou menor que 8,5%.

Em dezembro, e taxa foi definida em 7% ao ano, o menor nível da história. Segundo Myrian, em 2018, as aplicações mais antigas deverão render 6,17%. Já os investimen­tos mais novos (após 4 de maio de 2012) devem ter rendimento entre 4,55% e 4,9%. Nos dois casos, o ganho será maior que a inflação, projetada em 4%. “Se você quiser ganhar mais, vai ter que procurar um fundo multimerca­do ou fundo renda fixa”, destacou.

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