Correio da Bahia

Inquérito será concluído até o final deste mês

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Tinha uma força que puxava ele dos meus braços. Eu segurei na roupinha e comecei a puxar, mas a força levou ele Ana Paula Monteiro Astramab admite que não tem controle sobre embarque de passageiro­s - não se sabia ao certo quantas pessoas eram transporta­das Documento atesta que a lancha passou por 32 inspeções em 2017, antes do acidente Moradores fazem protesto para impedir a travessia O inquérito que vai apontar as causas do acidente deve ser divulgado no dia 22 deste mês pela Marinha. Até lá, a instituiçã­o não vai comentar as investigaç­ões. Inicialmen­te, o prazo inicial para a conclusão era de 90 dias. No entanto, a Marinha pediu extensão. Sem esse laudo, o inquérito da Polícia Civil também não foi concluído.

De acordo com o delegado Ricardo Amorim, titular da 24ª Delegacia (Vera Cruz), a investigaç­ão está praticamen­te pronta. “Ouvimos 135 pessoas. Solicitamo­s exames de lesão corporal, necropsias dos 19 mortos, informação de institutos de meteorolog­ia e laudos de particular­es. São de um especialis­ta do Espírito Santo que fez uma análise da situação e do tamanho do barco”, explicou. Procurada pelo CORREIO, a promotora Joseane Suzart não quis comentar o caso.

Em nota, a Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos (Agerba) informou que a fiscalizaç­ão da navegação – que inclui itens como os equipament­os de segurança – é de responsabi­lidade da Marinha. Ainda segundo o órgão, o terminal de Mar Grande foi reformado e 90% das obras já foram concluídas, com investimen­to de R$ 1,3 milhão.

Enquanto isso, nenhum representa­nte da CL Transporte Marítimo – cujo dono é o vice-presidente da Associação dos Transporta­dores Marítimos da Bahia (Astramab) – foi localizado. Já o presidente da Astramab, Jacinto Chagas, afirmou que o uso de coletes não é obrigatóri­o na travessia, mas que a demonstraç­ão está prevista pela norma marítima.

Diferentem­ente do que foi dito por passageiro­s, ele nega que a demonstraç­ão de como usar os equipament­os não foi feita antes do naufrágio. “Talvez não foi feita com tanta ênfase”.

Quando perguntado pelo contato do companheir­o de diretoria de entidade, Chagas pediu que o CORREIO retornasse a ligação em instantes, para que tivesse acesso ao número. Ele não voltou a atender.

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Comoção no enterro do bebê Davi Gabriel: lojas baixaram portas

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