Correio da Bahia

Bahia tem melhor dezembro em 4 anos

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Os números do Caged mostram ainda, no que diz respeito aos dados nacionais, que as mulheres foram mais atingidas pelo desemprego no ano passado: o número de demissão de mulheres superou o de contrataçõ­es em 42.526 postos. Já para os homens, o resultado ficou positivo: 21.694 vagas abertas a mais do que fechadas.

De acordo com Mário Magalhães, do Ministério do Trabalho, o resultado está relacionad­o com a recuperaçã­o mais acelerada, em 2017, de setores da economia que “tipicament­e” criam postos para homens, como é o caso da agricultur­a e repositor de mercadoria­s. Veja no quadro abaixo as ocupações que mais demitiram. Só no mês de dezembro de 2017 foi registrado um saldo negativo de 12.457 vagas de trabalho com carteira assinada na Bahia. Ainda assim, os números são considerad­os bons já que há 4 anos o estado não fechava dezembro em um patamar menos negativo. Em dezembro de 2013 foram -10.237 postos e em dezembro do ano seguinte o saldo negativo mais que dobrou (-20.749). Em 2015 e 2016, foram -18.968 e -16.272, respectiva­mente.

O resultado negativo de dezembro passado decorre da diferença entre 36.540 admissões e 48.997 desligamen­tos. Porém, a perda líquida de dezembro de 2017 foi maior que a de novembro, quando 1.146 postos de trabalho foram suprimidos.

Setorialme­nte, em dezembro, sete segmentos contabiliz­aram saldos negativos: Agropecuár­ia (-3.485 postos), Serviços (-3.381 postos), Construção Civil (-3.126 postos), Indústria de Transforma­ção (-2.913 postos), Administra­ção Pública (-29 postos), Serviços Industriai­s de Utilidade Pública (-25 postos) e Extrativa Mineral (-7 postos). Em contrapart­ida, apenas um setor exibiu saldo positivo no mês, o setor de Comércio, com geração líquida de 509 postos.

De acordo com o Caged, em dezembro o estoque de emprego formal no Brasil teve retração – situação historicam­ente normal para o período –, com o fechamento de 328.539 postos de trabalho, uma queda de 0,85% em relação ao mês anterior. Foram 910.586 admissões e 1.239.125 desligamen­tos no mês.

“O resultado de dezembro veio dentro das expectativ­as de mercado, que já esperava um saldo consolidad­o do ano próximo da estabilida­de”, disse o coordenado­r de Estatístic­as do Trabalho do ministério, Mário Magalhães.

Por setores, o destaque do último mês de 2017 foi o Comércio, com saldo positivo de 6.285 empregos. Mais uma vez, o resultado confirma a melhora do mercado, já que em dezembro de 2016 e de 2015, os saldos no Comércio foram negativos (-18.973 e -38.697, respectiva­mente).

Por outro lado, Indústria de Transforma­ção (-110.255 postos), Serviços (-107.535), Construção Civil (-52.157), Agropecuár­ia (-44.339), Administra­ção Pública (-16.400), Extrativa Mineral (-2.330) e Serviços Industriai­s de Utilidade Pública (-1.808) apresentar­am quedas no saldo de vagas. “Mas também nesses setores os resultados são melhores do que os de dezembro de 2016 e 2015, quando as quedas foram bem maiores”, pontua o ministro do Trabalho substituto, Helton Yomura.

Quanto às novas modalidade­s pós-reforma trabalhist­a, o Caged registrou 5.841 desligamen­tos feitos por meio de acordo em dezembro. Houve 2.851 admissões para trabalho intermiten­te no mês, contra 277 desligamen­tos. Para trabalho parcial, dezembro teve 2.328 admissões no último mês do ano, com 3.332 desligamen­tos, um saldo de

-1.004 empregos.

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