Correio da Bahia

PMs são afastados depois da morte de menina

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“Eu quero que os policiais sintam remorso. A cena da minha filha morta, ninguém vai tirar da minha cabeça. Infelizmen­te, nada vai trazer a vida dela de volta.” Esse foi o desabafo de Maria Ângela de Jesus Nogueira, 34 anos, mãe de Geovanna Nogueira da Paixão, 11, morta na última quarta-feira, durante uma incursão policial na Comunidade Paz e Vida, no bairro de Jardim Santo Inácio.

No enterro da filha, ontem, no Cemitério Municipal de Paripe, a mãe voltou a culpar policiais militares pelo assassinat­o. A PM sustenta que os policiais foram recebidos a tiros por bandidos, mas afastou ontem os dois soldados envolvidos na ação, lotados na 48ª Companhia Independen­te (CIPM/Mata Escura).

A informação foi confirmada ontem pela assessoria de comunicaçã­o da Polícia Militar. O Departamen­to de Polícia Técnica (DPT) já recebeu as armas utilizadas no alegado confronto - a corporação não informou os nomes dos agentes nem o tipo de arma usado por eles.

Ainda de acordo com a PM, um inquérito foi instaurado no mesmo dia da morte de Geovanna. Familiares e testemunha­s também já foram ouvidos. O prazo de apuração é de 40 dias, podendo ser prorrogáve­l por mais 20. A PM diz que só irá se posicionar após a conclusão do inquérito.

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