Para gripe, médico recomenda repouso
Pensa que só a conjuntivite vem perturbando os foliões depois do Carnaval deste ano? O infectologista Robson Reis explica que as situações nas quais as pessoas se colocam durante a festa facilitam a propagação de doenças virais ou bacterianas. “As pessoas fazem atividade física em excesso, se alimentam mal, modificam a dieta do dia, não dormem direito, não se hidratam bem, além de acabar muitas vezes compartilhando objetos pessoais”, explica.
Ele diz que doenças respiratórias causadas por vírus, como otite, amidalite e faringite são muito comuns em eventos de grande aglomeração de pessoas, como o Carnaval. “Quem tá doente tem que se preocupar em fazer com que a doença não se propague pra outras pessoas. O doente pode tossir na dobra do cotovelo, evitar manipular maçaneta e telefone e utilizar lenços descartáveis. Para quem quer se proteger, é importante que sempre higienize as mãos com sabão ou álcool gel, preferir ambientes abertos, dormir bem, se alimentar bem e, claro, evitar levar as mãos à boca”, afirma.
Segundo Robson, é muito importante ficar atento aos sintomas em crianças menores de 2 anos e idosos, “além de pessoas que tenham falta de ar, febre alta ou vômitos que não passam com medicação habitual. Essas pessoas devem procurar o serviço de saúde”, completa.
O taxista Luis Erlan Ribeiro, 56, foi ontem mesmo procurar atendimento médico. Ele acredita que pegou um resfriado depois de ter transportado mais de 100 passageiros. “Eu não vi ninguém resfriado, não. Também, se visse, mandava descer do meu carro na hora, mas só pode ter sido assim: tendo contato com muita gente todos os dias”, acredita o taxista que não vai precisar do atestado médico, já que trabalha por conta própria. O prejuízo de um dia de repouso, porém, pode chegar a R$ 300.
“É dor no peito, tosse, corpo todo mole. Uma gripe dessa eu só tive há seis anos também nesse mesmo período”, disse antes de ser consultado na UPA de Brotas.