Zagueiro em jornada dupla
carreira como centroavante. Então eu conheço alguns atalhos ali na área. Sei que a bola sempre sobra no segundo pau, então fico por ali para empurrar para dentro se aparecer a chance”, ensina.
Pelo visto, Kanu gosta mesmo da comparação com um artilheiro. Como disse, ele chegou à base do Cabofriense em 2004 como centroavante e, por causa disso, recebeu o apelido alusivo ao atacante da Nigéria, carrasco do Brasil na Olimpíada de 1996. Acabou pegando.
No vestiário do Vitória, o zagueiro diz ser conhecido pelo nome de outro centroavante africano: Adebayor, atacante que já defendeu Arsenal e Real Madrid. Pelo visto, Kanu gosta tanto desse apelido que no rubro-negro veste a camisa 25, a mesma usada pelo jogador togolês.
Quem pensa que Kanu, por ser zagueiro, tem um repertório limitado de gols está enganado. Nessa hora, a base como centroavante pesa. Foram quatro gols com o pé direito e um com o esquerdo.
Mas a arma mais temida pelos adversários, obvia- mente, é a cabeçada. Dos 16 gols, 11 saíram assim. “Nos treinamentos eu sou um dos jogadores mais fortes no jogo aéreo, faço muitos gols assim. Então, todos no time sabem do meu potencial, e isso é bom porque eles ajudam a abrir espaço pra mim no ataque”, conta Kanu, 34 anos.
Seja fora ou dentro de casa, Kanu não perdoa. São 10 gols como mandante e seis como visitante. Só no Barradão, palco do Ba-Vi de hoje, sete.
Mas Kanu também gosta de fazer gols na Fonte Nova. E tome curiosidade: foram três gols lá como mandante, todos em 2015, na Série B, e um como visitante. Esse, aliás, foi o único em um Ba-Vi. Foi no clássico vencido pelo Vitória por 2x1, na primeira fase do Baianão do ano passado.