Concurso para cidades sem juiz

O novo presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ), desembargador Gesivaldo Britto, anunciou ontem que a Corte abrirá concurso para juízes ainda este ano, com objetivo de reduzir a falta de magistrados nas comarcas de menor porte, as chamadas entrâncias iniciais do Poder Judiciário. “A meta é suprir esse déficit, hoje de aproximadamente 100 juízes. Se não conseguirmos (o total desejado), vamos formar um cadastro de reservas e suprir aos poucos”, disse Britto, com exclusividade ao CORREIO.

A realização do concurso foi antecipada pelo presidente do TJ após entrevista coletiva concedida na sede da Universidade Corporativa (Unicorp), quando Britto apresentou à imprensa o planejamento das ações para o tribunal em 2018. Há apenas 19 dias no cargo, o desembargador disse que ainda é cedo para adiantar detalhes sobre o edital do futuro processo seletivo.

Segundo Britto, atualmente existem quase 150 comarcas vagas na Bahia, sendo 102 de entrância inicial e 34 de grau intermediário. “Temos juízes que trabalham em cinco, dez comarcas. Então, vamos fazer o concurso. O cofre é único, o do Estado. Não se vai tirar (recursos) de onde não tem. Vamos avaliar tudo antes, mas vai depender da situação financeira”, disse o novo presidente do TJ, eleito em 16 de novembro.

A presidente da Associação dos Magistrados da Bahia (Amab), Elbia Araújo, disse que o déficit total de juízes no estado é de 428. Contudo, o que mais preocupa é a falta de servidores que auxiliam os magistrados nas comarcas, estimada em 25 mil.

Britto informou ainda que um dos problemas que pretende enfrentar é a falta de segurança física que afeta o funcionamento das unidades