MPF contradiz versão apresentada pela SSP
investigação. “Só posso agradecer a arbitrariedade cometida pela SSP, que deu a oportunidade de demonstrar claramente a isenção e falta de envolvimento por parte da prefeitura nesse caso”, disse Neto, sobre o teor do interrogatório em que o ex-executivo da Odebrecht André Vital nega pagamento de propina e corrupção para agentes públicos. Após ser acusada de abrir ilegalmente uma investigação sobre a Barra, a Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP) disse, em nota, que o Ministério Público Federal (MPF) havia declinado do caso e repassado a competência para o MP estadual. A SSP apresentou ainda um documento que, segundo afirma, comprova a informação, mas a versão foi rebatida pelo MPF.
“O Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco) seguirá com as investigações que apuram indícios de prática criminosa na licitação das obras de revitalização da Barra e de outras construções na cidade”, diz a nota enviada pela assessoria de imprensa da SSP.
“Por se utilizar de verba incorporada ao patrimônio do município, a atribuição da investigação permanece com a Polícia Civil, conforme documentos encaminhados pelo Ministério Público Federal, apontando ser do âmbito estadual a competência de investigação dos casos”, emendou a SSP.
O MPF, no entanto, contradisse a versão apresentada pela secretaria. Em resposta publicada ontem à noite pelo site Bahia Notícias, o órgão afirmou que há, na realidade, duas apurações sobre o caso e o que está sob comando da Polícia Civil seria de competência federal.
Ao site, o MPF respondeu que corre na Procuradoria da República na Bahia uma apuração diferente da que foi repassada para o MP estadual. Segundo o órgão, o caso declinado para a esfera do estado, ao qual se referiu a SSP, investiga um suposto superfaturamento de obras de requalificação da Barra nos trechos do Porto da Barra ao Barra Center e do Barra Center ao Centro Espanhol.