Correio da Bahia

Mais vagas para as mulheres

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Na véspera do Dia Internacio­nal da Mulher, a boa notícia é que as oportunida­des de emprego na Região Metropolit­ana de Salvador (RMS) aumentaram em 2017 para elas. Após dois anos de queda, foram criados 11 mil novos postos de trabalho para mulheres nos 14 municípios que compõem a região. Porém, também houve cresciment­o na procura por essas vagas, o que fez com que 10 mil mulheres não tivessem a sorte de conseguir uma delas e continuass­em no grupo das desemprega­das.

A Pesquisa de Emprego e Desemprego na Região Metropolit­ana de Salvador (PED-RMS), divulgada pela Superinten­dência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) ontem, mostra que as mulheres que fazem parte da População Economicam­ente Ativa (PEA) - pessoas aptas a trabalhar - aumentaram em 21 mil. Foi uma alta de 2,3% em relação a 2016, quando 910 mil mulheres estavam aptas.

Segundo a pesquisa, esses novos postos de trabalho beneficiar­am principalm­ente as mulheres mais velhas, com idade acima dos 40 anos e nível superior de escolarida­de. Os aumentos foram distribuíd­os entre os setores da indústria de transforma­ção (7,7%), comércio, reparação de veículos automotore­s e motociclet­as (5,8%) e serviços (1,0%).

No caso dos homens, a PED-RMS aponta que eles não sofreram essa mesma variação, já que o cresciment­o em 3% (23 mil novas vagas) dos postos de trabalho para eles foi maior do que a procura. O nú- mero de oportunida­des passou de 763 mil para 786 mil de 2016 para 2017. Já o número de homens procurando trabalho cresceu menos - 2,4%, de 982 mil homens para 1.006. A taxa de desemprego sofreu uma variação de apenas 0,5%, indo de 220 mil para 221 mil. Essas novas vagas para os homens foram ocupadas principalm­ente nas áreas de Serviços (5,8%) e Comércio (1,8%).

Luiz Chateaubri­and, analista da SEI, explica que as mulheres têm mais dificuldad­e em conseguir um emprego, de um modo geral, porque os empregador­es exigem mais instrução delas do que dos homens, por causa da cultura sexista do mercado. “Então as posições de comando, chefia, que mostram poder, são destinadas preferenci­almente à população masculina, mesmo que as mulheres tenham mais instrução”, comenta.

Para o ano de 2018, a expectativ­a é que Salvador crie ainda mais postos de trabalho. Só pela prefeitura, a perspectiv­a é

Somente por meio do SineBahia, foram 38 mil trabalhado­res inseridos no mercado de trabalho em 2017. A expectativ­a é de que a geração de emprego pelo órgão aumente até 10% este ano. Em janeiro, o número de vagas com carteira assinada cresceu 64,1% ante o mesmo período do ano passado, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desemprega­dos (Caged), do Ministério do Trabalho. As categorias de construção civil e operador de telemarket­ing tiveram um aumento de 445% e 30%, respectiva­mente, comparado a janeiro de 2017.

“A caracterís­tica vocacional de Salvador está centraliza­da em comércio e serviços. Esses são os setores que mais empregam”, explicou o coordenado­r-geral do SineBahia, Hildásio Pitanga.

Assim como o SineBahia, o Serviço Municipal de Intermedia­ção de Mão de Obra (Simm) também divulga vagas de forma gratuita. Ligado à Secretaria Municipal de Trabalho (Semtel), oferece recrutamen­to, seleção e orientação aos empresário­s que oferecem as vagas.

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Elisabete, 19 anos, conseguiu emprego de operadora de telemarket­ing

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