PRF aumenta apreensões
Um balanço de apreensões divulgado ontem pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) apontou o crescimento no número de apreensão de cocaína e munição nas estradas federais que cortam a Bahia.
Segundo o levantamento da PRF, em 2016 foram localizados 82,8 quilos de cocaína nas rodovias, enquanto em 2017 esse número mais que dobrou - foram 183 quilos apreendidos. Já a quantidade de munições saltou de 1.339 em 2016 para 2.156 em 2017 um aumento de 60%. Vitória da Conquista, no Centro-Sul da Bahia, concentra o maior número de apreensões.
Segundo a PRF, no entanto, o crescimento da apreensão da droga não significa aumento no consumo do entorpecente. A instituição disse que a fiscalização foi intensificada, através da redistribuição dos agentes e de abordagens em pontos estratégicos das rodovias.
Além de Vitória da Conquista, também foram feitas grandes apreensões no ano passado na BR-116, entre Manoel Vitorino, no Centro-Sul, até a divisa com Minas Gerais. Apenas neste trecho foram localizados 132,290 quilos de cocaína. Na BR-242, de Lençóis até Oliveira dos Brejinhos, na mesma região, foram 14,861 quilos, enquanto na BR-101, de Itapé até Maraú, no Sul, mais 11 quilos localizados.
Conquista também lidera em apreensão de munições: foram 1,4 mil do total do ano passado. Em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador, foram 245 unidades. Já em Itabuna foram 153 munições encontradas. As três cidades lideraram o ranking, segundo a PRF.
Segundo a PRF, a liderança de Vitória da Conquista nas apreensões de drogas e munições ocorre porque a BR-116 é a principal rota de ligação entre o Sul e o Nordeste do Brasil, escolhida por milhares de motoristas e passageiros para atravessar o país. A cidade é o primeiro ponto de fiscalização para quem entra na Bahia vindo do Sul.
Procurada, a Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) não tinha se posicionado sobre os números até o fechamento desta edição. Porém, o governador Rui Costa (PT), presente em um encontro entre governadores do Nordeste para tratar da segurança pública, cobrou maior vigilância das fronteiras, portos e aeroportos para impedir ingresso de armas e drogas no país.
“Grita muito alto a cena que vimos semanas atrás de armamento pesado entrando pelo Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro; não foi pela Amazônia, não foi pelo Porto Seco. Quantos carregamentos daquele entraram antes no nosso país?”, questionou Rui.
Apesar de a quantidade de