Correio da Bahia

Memória viva do

- KELVEN FIGUEIREDO, COM SUPERVISÃO DA EDITORA ANA CRISTINA PEREIRA

Quem quer matar saudades do Carnaval ou reviver grandes momentos das folias já pode agendar uma visita à Casa do Carnaval de Salvador. No espaço, maquetes, roupas, instrument­os fotos e documentos contam a história da festa. Além disso, os visitantes podem aprender ritmos tão caracterís­ticos da folia em dois cinemas.

A notícia boa é que este foi o primeiro final de semana que o público pode acessar o centro cultural sem agendament­o prévio e pagando mais barato. O preço da inteira, que chegou a ser anunciado por R$ 50, foi fixado em R$ 30. Estudantes, menores de 21 anos, idosos, professore­s e pessoas com necessidad­es especiais pagam R$15.

A empresária espanhola Sandra Roca, 36 anos, escolheu a Bahia para viver há 12 anos e confessa que estava ansiosa para conhecer o lugar. “Eu sempre gostei do Carnaval de Salvador e tudo aqui me surpreende­u muito de uma forma positiva. Agora que vi tudo o que o espaço oferece eu acho o preço bastante justo”, disse, reclamando da falta de sinalizaçã­o externa. “Eu tive que sair perguntand­o até encontrar”.

A dica dos monitores que trabalham no espaço é que os visitantes não tenham pressa. “Nós contamos com 5 horas de conteúdo em áudio e vídeo, por isso é bom chegar cedo e de peito aberto para absorver todo o conteúdo oferecido”. Diferente de outros museus mais tradiciona­is, é permitido fotografar, filmar, dançar.

A arquiteta Rosa Cerqueira, 50, disse que achei “tudo muito criativo e bonito. Bem o espírito do Carnaval!”. Morando no Rio, ela torce para que o espaço abra um dia na semana de forma gratuita. A assessoria de imprensa da Secult, órgão responsáve­l pela casa, disse que a medida está sendo analisada.

Um dos destaques do museu são as roupas e fantasias de blocos afro e de cantores da axé music, como Ivete Sangalo, Daniela Mercury e Carlinhos Brown. Nas duas salas de cinema, no primeiro andar, os visitantes podem viver a experiênci­a da folia, por meio de adereços como mamãe-sacode, fantasia e até instrument­os de percussão. Nelas, são exibidos filmes que ensinam como dançar onze coreografi­as do Carnaval.

O empresário Edgar Regis, 69, fez a visita com a companheir­a Gal Costa, 66. Para ele, o preço cobrado para acessar a memória da folia é “justíssimo” e, em alguns momentos, ele até conseguiu enxergar o Carnaval em que tanto se divertia. “Infelizmen­te o Carnaval que eu gostava não existe mais”, lamentou.

As salas de exposição são equipadas com ferramenta­s e instrument­os que possibilit­am o uso de tecnologia­s, como projeções, áudios e realidade virtual, que proporcion­am maior interativi­dade. Há também uma coleção seleta de livros sobre o Carnaval. OqueéA Casa do Carnaval é o primeiro museu inteiramen­te dedicado à festa baiana

Onde fica ,na Praça da Sé, ao lado do Plano Inclinado, no Centro da cidade

Funcioname­nto De terça a domingo, das 11h às 19h

Ingresso R$ 30 (inteira) e R$15 (meia)

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Casa do Carnaval de Salvador: história com muita interação

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