Quem ri por último, ri melhor

Tudo parecia desenhado para uma vitória tranquila de Lewis Hamilton no GP da Austrália, corrida de abertura da temporada 2018 da Fórmula 1, que aconteceu ontem. Afinal, o piloto da Mercedes havia cravado a pole no dia anterior, inclusive quebrando o recorde do circuito em Melbourne. Porém, contrariando as estatísticas, quem subiu no topo do pódio foi o alemão Sebastian Vettel, da Ferrari.

O rumo da prova mudou quando a Hass de Romain Grosjean parou de funcionar na segunda curva e o safety car foi chamado à pista. O piloto da Ferrari, atento, soube aproveitar: o alemão, que havia esperado para parar, fez seu primeiro pit stop somente na 26ª volta, com o safety car na pista. Por isso, retornou à prova ainda na liderança, da qual não sairia mais, apesar das tentativas de Hamilton.

Vettel terminou a prova em 1h29min33s283, pouco mais de cinco segundos à frente de Hamilton e a quase seis segundos e meio de seu companheiro na escuderia italiana, Kimi Raikkonen, que completou o pódio. A equipe Mercedes jogou a culpa na tecnologia e culpou um software por não ter percebido a ameaça que Vettel representava.

Daniel Ricciardo, da Red Bull, que largou na oitava posição, ficou em quarto lugar. Por pouco, ele não se tornou o primeiro australiano a faturar um pódio em casa. Com os quatro primeiros lugares definidos, restou a briga pelo quinto.

A disputa foi intensa. Coube ao espanhol Fernando Alonso surpreender para levar sua McLaren ao resultado mais significativo dos últimos tempos. Ele mostrou toda sua qualidade para resistir aos constantes ataques do piloto Max Verstappen, que tentou até às últimos voltas, mas terminou em sexto. Nico Hulkenberg, da Renault, ficou em sétimo. O finlandês Valtteri Bottas, da Mercedes, finalizou em oitavo, seguido por Stoffel Vandoorne, da McLaren, e Carlos Sainz Jr., da Renault. Não há brasileiros no grid em 2018, o que não acontecia desde 1969.

A Fórmula 1 volta no dia 8 de abril, com a disputa do GP do Bahrein.