Correio da Bahia

‘Nativos’, cavalinha e sardinha têm preço em conta

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A maior procura por peixes ‘nativos’, no entanto, ainda é a aposta de muitos comerciant­es. “Iremos trabalhar, principalm­ente, os mais populares, como a palombeta, cavalinha, sardinha, castanha, corvina e merluza”, diz o gerente comercial Luiz Maciel, da rede atacadista Mercantil Rodrigues, que espera um incremento de 20% na venda de peixes por causa do feriado.

Presidente da colônia de pescadores Z1, com sede no Rio Vermelho, Branco explica que o Brasil oferece peixes para todos os gostos e bolsos. “Aqui já tem peixe suficiente, não somos favoráveis a vender peixes de outros países. Os mais procurados são o vermelho, o badejo e a pescada-amarela, que vem do Pará e do Rio Grande do Norte. Mas o sabor é de acordo com o bolso”, ele brinca.

Perguntado se os soteropoli­tanos optam por peixes gringos para economizar, Branco retruca com veemência. “Aqui em Salvador o comércio deles não é muito bem recebido, porque temos peixe fresco e barato, aí quem tem poder aquisitivo menor também procura peixe de qualidade, como corvina, galo, cavalinha e sardinha”.

Branco conta que o preço do kg do peixe vermelho varia de R$ 26 a 30, mas que deve aumentar até para R$ 40 na quinta-feira (29), enquanto o valor da sardinha varia entre R$7aR$10okg,eodacavali­nha entre R$ 10 e R$ 12.

“Não recomendam­os pra ninguém esses peixes de fora, porque têm qualidade duvidosa”. Para fugir dos preços mais altos, a produtora cultural Laura Pires, 59 anos, comprou o peixe 15 dias antes do feriado no Mercado do Rio Vermelho. “Comprei peixe e camarão na semana retrasada, geralmente compro bem antes, porque quando chega perto os preços aumentam”. Ela comprou o peixe vermelho inteiro e fresco por R$ 35 o kg. “Eu não conheço os peixes de fora, prefiro ir no conhecido, sempre compro pescada ou vermelho”, diz.

Adriano Viana, gerente comercial de perecíveis da rede varejista GBarbosa, prevê uma disputa equilibrad­a na venda de pescados. “A expectativ­a é crescer 11% nas vendas de peixes, um volume acima de 400 toneladas, sen- do 50% de itens importados da Noruega, Portugal, Argentina e China”.

Adriano conta que para a Semana Santa os consumidor­es buscam principalm­ente filés de merluza e polaca, corvina, cavalinha, arraia em postas e bacalhau. Optando por peixes do estado ou de outros países, uma coisa é certa: os baianos vão continuar comendo muito peixe durante todo o ano. “O estado tem média de consumo de mais de 10 kg por habitante por ano”, diz Eduardo Rodrigues, gerente de assistênci­a técnica da Bahia Pesca. De acordo com levantamen­to do Sebrae em 2017, Salvador é a cidade brasileira que mais consome peixes no Brasil.

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Boxes do Mercado do Peixe, na região de Água de Meninos, onde é mais forte a venda da produção local

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