Correio da Bahia

Lagosta é principal item de exportação do estado

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Europeus, asiáticos e norte-americanos desfrutam da lagosta baiana. O produto é a principal exportação do estado - e a participaç­ão do crustáceo no mercado de peixes e frutos do mar vem aumentando.

Só em 2017, 748 toneladas de lagosta fresca ou congelada ‘made in Bahia’ foram exportadas. O valor correspond­e a 88,4% de todas as exportaçõe­s na categoria de peixes e frutos do mar do estado. Em 2016, as lagostas correspond­eram a 69,8% dessas exportaçõe­s.

Entretanto, a captura do animal não é realizada por pescadores nativos. “Sobretudo no Extremo Sul da Bahia, há grande produção de lagosta. Muitos barcos de fora, como do Ceará e do Espírito Santo, vêm para fazer essa pesca, porque tem frota mais especializ­ada para esse tipo de atividade”, diz Eduardo Rodrigues, gerente de assistênci­a técnica da Bahia Pesca.

Por outro lado, a fatia de exportação de peixes no estado diminuiu. Em 2016, 30% das exportaçõe­s eram de peixes frescos ou congelados. Já no ano passado, o valor caiu para 11,6% - e a expectativ­a é que o cenário continue desfavoráv­el.

“Nesse ano acredito que não haja melhora, talvez só para a exportação de subproduto­s como a pele, farinha e escama, mas para o produto como o filé, atualmente o mercado brasileiro se mostra mais atraente”, diz Adriano Vasconcelo­s, gerente de comércio exterior da Netuno Internacio­nal.

Ele atribui o resultado à concorrênc­ia com a China e outros países asiáticos. “Nós vendíamos 100% do filé para os EUA, mas a concorrênc­ia fez o preço cair muito, o produto deixou de ser competitiv­o. Tivemos que adaptar nossa operação diante das adversidad­es”, explica Adriano.

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