Correio da Bahia

Surpresa ou só mistério?

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O clima de mistério tomou conta da Toca do Leão. Ontem, o técnico Vagner Mancini fechou o treino e não deu pistas do time que inicia o clássico contra o Bahia, amanhã, às 16h, na Fonte Nova, no primeiro jogo da final do Campeonato Baiano.

O certo é que Mancini tem desfalque em todos os setores. Com Kanu, Yago, Rhay- ner e Denílson suspensos por causa das confusões no Ba-Vi do dia 18 de fevereiro, o treinador perde boa parte da espinha dorsal montada neste início de temporada.

Na defesa, a tendência é que a dupla de zaga seja mantida com Ramon e Walisson Maia, com Lucas e Pedro Botelho nas laterais, enquanto Fernando Miguel, recuperado de um desconfort­o na coxa, está pronto para voltar ao gol.

A dor de cabeça maior para Mancini é do meio para frente. Sem Yago, que é um dos destaques do time, a vaga ao lado de Nickson é disputada por Juninho, Guilherme Costa e Baumjohann. O lateral, que nos últimos jogos tem atuado mais avançado, leva vantagem na disputa.

Já no ataque, Neilton deve ter a companhia de Jonatas Belusso, já que André Lima está vetado por causa de uma fratura no pé. Outra opção é o garoto Luan, que tem entrado no decorrer das partidas.

“Temos um conceito formado para as finais. Seja o time que entrar, o Vitória estará bem representa­do. Tivemos tempo para testar e colocar todos os jogadores para atuar, testar sistemas de jogos diferentes. Estamos confiantes”, afirma Mancini.

Uma outra mudança que o time pode sofrer é a entrada de Willian Farias, que voltou a atuar depois de oito meses, na vaga de Fillipe Soutto. José Welison e Rodrigo Andrade também correm por fora.

“Farias está liberado, jogou contra o Globo, entrou contra o Ferroviári­o, no Ceará. É mais um jogador que a gente tem à disposição”, explicou o treinador, porém sem dar pistas da escalação.

O Leão tem a vantagem de jogar por dois empates para ficar com o tricampeon­ato. O jogo da volta será no dia 8 de abril, no Barradão.

As dúvidas de Mancini para o clássico vão além do campo. O treinador também foi punido pelo TJD-BA com cinco jogos de suspensão e, até segunda ordem, não poderá comandar o time na decisão.

O Vitória entrou com um mandado de garantia no STJD após ter o pedido do efeito suspensivo negado e ainda aguarda a possível liberação. Sem Mancini, o auxiliar Anderson Batatais terá a missão de orientar o time.

“É uma situação atípica. Fiz um juramento que não seria mais expulso, é difícil ver seu time jogar distante, tenho mantido isso. Fui expulso a última vez no Vitória. Tenho tido um pouco mais de calma, para não participar do jogo de forma desfavoráv­el. Dos jogos que eu vi, fiquei mais ansioso, chato, gesticulei mais. Mas respeitei a decisão que foi imposta. Fechei a janela para não ter qualquer comportame­nto que provocasse uma nova penalidade”, disse Vagner Mancini. Willian Farias voltou de lesão e jogou as últimas três partidas. Não é provável que tome a posição de Fillipe Soutto, mas está à disposição, assim como José Welison e Rodrigo Andrade.

Sem Yago e Rhayner, Juninho está cotado para ser titular. Também canhoto, Guilherme é concorrent­e. Baumjohann tem entrado bem, mas não é da mesma posição. Fernando Miguel, Lucas, Ramon, Walisson Maia e Pedro Botelho; Correia, Soutto, Nickson e Juninho; Neilton e Belusso.

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