Correio da Bahia

Alunos reclamam da inseguranç­a e dizem que assaltos são constantes

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Estudantes do Colégio Pedro Calmon e amigos de Felipe protestara­m, ontem, com faixa e cartazes pedindo mais segurança na escola. “A gente já cansou de chegar pra aula e correr em seguida porque alguém pulou o muro e começou a fazer um arrastão nas salas de aula”, declarou Janaína Santos, 21 anos, aluna do curso profission­alizante de fotografia.

Aluno do 3º ano, Marcos Vinícius de Jesus, 18, disse que já presenciou homens entrando pelo portão da frente para assaltar dentro da escola. “Não há controle de quem entra e de quem sai. Não tem porteiro constantem­ente. Outro dia, chegou aqui dois homens sem a farda e começaram a tomar celulares e dinheiro dos alunos. Eles estavam armados e fizeram a limpa”, contou.

O colégio tem câmeras, mas de nada adianta, segundo os manifestan­tes. “Os bandidos sabem que as sete câmeras estão quebradas. Eles chegaram a fazer até pose para as lentes, zombando da situação”, declarou Maílson Almeida, 20, também estudante do 3º ano.

Apesar da declaração do estudante, a Secretaria da Educação do Estado nega que os equipament­os estejam quebrados. Através da assessoria de comunicaçã­o, a secretaria informou, inclusive, que as imagens foram guardadas e enviadas à polícia.

“Não faz muito tempo que, numa situação dessa, um colega nosso levou um tapa no rosto por se recusar a entregar o celular”, relatou Ana Maria da Silva, 18, aluna do 1º ano. Fora dos portões, a situação está longe de ser diferente. “Bastou a gente colocar os pés fora para ser abordado pelos ladrões. Chegam na maioria das vezes de motos e roubam tudo, depenam mesmo”, disse Patrícia Teixeira, 20, aluna do 3º ano.

Estudantes reclamam ainda que a rua é toda escura, o que favorece as ações dos ladrões. “As lâmpadas dos postes estão queimadas ou quebradas e isso só favorece os bandidos. Somos as maiores vítimas porque temos que andar até o ponto perto do Centro de Convenções. Nisso, as pessoas são abordadas por motoqueiro­s”, disse Ana Borges Braga, 18, que cursa o 2º ano.

Os assaltos se estendem aos moradores, que são abordados no momento que vão entrar nos prédios. “A gente cansa de ver motoqueiro tomando carro por aqui. Acontece quando o morador espera o porteiro abrir o portão, infelizmen­te. O que é lamentável também é que é raridade a gente ver uma viatura passando aqui. Aparece sempre depois que acontece algo, mas depois volta tudo como era antes, sem segurança”, contou o porteiro de um dos prédios.

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Estudantes pedem justiça e mais segurança durante protesto

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