Desconhecimento prejudica pacientes
O tratamento do câncer de fígado depende muito do estágio em que o tumor foi identificado e da presença ou não de outras doenças. Em uma fase inicial, onde o órgão ainda apresenta uma boa condição hepática, e o paciente não sofre de cirrose e nem hipertensão, a remoção do tumor é o procedimento mais indicado e com maiores chances de cura.
Há também como solução o transplante do órgão, mas nesse caso o paciente precisa ter um único tumor e ele não deve passar de 5 cm. Caso o paciente tenha até três, eles precisam ser de até 3 cm, desde que o câncer não tenha se espalhado para outros tecidos. Mas esse procedimento, assim como remoção do tumor, só pode ser feito quando o diagnóstico aponta um estágio inicial.
Quando o tumor é intermediário, há ainda a possibilidade de tratamento para a diminuição dele para que, posteriormente, o paciente possa ser operado ou esperar na fila de transplante um novo fígado. Em fases mais avançadas da doença, a quimioterapia é a recomendada.
Um pesquisa realizada pelo Instituto Oncoguia, em parceria com a empresa farmacêutica Bayer, em cinco capitais do Brasil (São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre e Recife) apontou que 53% dos entrevistados afirmarem ter conhecimento sobre a doença, embora 61% deles não saber quais são os principais sintomas. Já 59% ouvidos desconhecem os fatores de risco.
A pesquisa revelou que
A maioria dos tumores é descoberta depois do avanço da doença e isso tem impacto direto no uso das terapias e na sobrevida dos pacientes Luciana Holtz, 76% dos entrevistados consideram o consumo excessivo de álcool com uma das causas do câncer de fígado o que é verdade. Mas, 56% não relacionaram a doença com as hepatites B e C.
“Estes dados nos mostram que a população precisa ter acesso à informação sobre o que é o câncer de fígado, como é feito o diagnóstico e quais são as opções de tratamento. Vemos que a maioria dos tumores é descoberta depois do avanço da doença e isso tem impacto direto na sobrevida dos pacientes”, diz Luciana Holtz, presidente do Instituto Oncoguia.