Ex-presidente enfrenta mais seis processos
Além da condenação no caso triplex, o ex-presidente Lula ainda enfrenta outras seis ações penais e uma denúncia da Procuradoria. Dois processos estão nas mãos do juiz federal Sérgio Moro e outros quatro sob competência da 10ª Vara Federal de Brasília. Lula se entregou no sábado em meio a uma intensa tratativa entre seus advogados e a Polícia Federal.
Ainda na Lava Jato, em Curitiba, ele é réu duas vezes, na Vara de Moro. Em uma das ações, responde por suposta propina de R$ 12,5 milhões da Odebrecht - o valor é referente a um terreno em São Paulo onde, segundo delatores, seria sediado o Instituto Lula, e imóvel vizinho ao seu apartamento em São Bernardo do Campo.
Perante ao juiz Sérgio Moro, ele também se defende de ação em que é acusado de receber da OAS, Odebrecht e Schahin vantagens indevidas de R$ 1,1 milhão por meio de reformas no Sítio Santa Bárbara, que frequentou diversas vezes, em Atibaia, e está em nome de Fernando Bittar, do filho de seu correligionário e ex-prefeito de Campinas, Jacó Bittar.
Sob tutela dos juízes Vallisney de Souza Oliveira e Ricardo Leite, respectivamente titular e substituto da 10ª Vara Federal em Brasília, e onde tramitam outros quatro processos contra Lula relacionados às operações Janus, Lava Jato e Zelotes. Em processo que responde por obstrução de Justiça, o Ministério Público Federal pediu a absolvição do ex-presidente.
O caso é derivado da delação do ex-senador Delcídio do Amaral, que relatou as autoridades suposta compra do silêncio do diretor da
Área Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, a mando do petista. No entendimento do procurador Ivan Marx, ao contrário do que afirmou Delcídio, “o pretendido silêncio” do ex-diretor de Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, à época em prisão preventiva, “não foi encomendado ou interessava a Lula, mas sim ao próprio senador”.
No âmbito da Operação Janus, Lula é réu por corrupção, lavagem de dinheiro, organização criminosa e tráfico de influência por supostamente ter recebido valores da Odebrecht através empresa do sobrinho de sua ex-mulher, Taiguara Rodrigues.
Lula responde a outros dois processos, no âmbito da Operação Zelotes. Um é sobre suposta aceitação de promessa de vantagem indevida de R$ 6 milhões para favorecer montadoras na edição da Medida Provisória 471, de novembro de 2009. Já o processo sobre suposto tráfico de influência e corrupção na compra dos caças Grippen estava paralisado para cumprimento de cartas rogatórias, quando é necessário ouvir pessoas fora do País ou em localidades fora de Brasília.
Em outra denúncia, Lula e companheiros de partido, como o ex-ministro e candidato a delator Antônio Palocci, a ex-presidente Dilma Roussef, entre outros, são acusados por formarem suposta organização criminosa. A defesa do ex-presidente tem negado, reiteradamente, todas as acusações, afirmando que Lula é vítima de perseguição política.