Correio da Bahia

Remédio ou terapia: o que ajuda mais?

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O uso de antidepres­sivos é um ponto de tensioname­nto, e muitas vezes de discordânc­ia entre psiquiatra­s e psicólogos que lidam com pacientes em depressão.

Enquanto doença – que pode se manifestar também no físico do paciente, por meio de dores no corpo –, remédios são essenciais e a cura pode ser alcançada. Mas, em quais casos é preciso recorrer a eles e qual é a quantidade necessária? Aí reside a questão, cuja resposta costuma variar de profission­al para profission­al.

O problema é o excesso, defende o psiquiatra Marcelo Veras, autor do livro A Loucura Entre Nós – que inspirou o filme de mesmo nome, rodado em Salvador e lançado três anos atrás. “Hoje em dia, a depressão é um nicho enorme para medicament­ação. Nem sempre a pessoa está depressiva, ela pode estar em reação de luto, de tristeza”, esclarece.

Justamente para evitar consequênc­ias negativas, foi criado o Teste Farmacogen­ético do Sistema Nervoso Central. A partir da coleta da saliva, é possível prever se o medicament­o prescrito pode causar reações adversas e se a dosagem é adequada, o que evita excessos. O procedimen­to custa R$ 3,9 mil e é oferecido em apenas uma clínica de Salvador – a Holiste, em Pituaçu.

No campo da terapia, a logoterapi­a tem se destacado no tratamento da doença. Criada por Viktor Frankl após a Segunda Guerra Mundial, a logoterapi­a chegou à capital baiana apenas na última década.

Essa forma de tratar a doença, que é uma das correntes da psicoterap­ia, ajuda o paciente depressivo a encontrar o significad­o da vida - algo complexo apenas na descrição. “O tratamento acontece na base do sentido do encontro, o encontro do sentido. Tratamos das questões existencia­is que não estão em evidência. Trabalhamo­s com o despertar de dons, potenciais, da liberdade”, explica a psicóloga Rebeca Pina.

Também tem se tornado cada vez mais recorrente, e comprovada, a eficácia da alimentaçã­o adequada e de exercícios físicos no tratamento da doença. A dupla, explica a nutricioni­sta ortomolecu­lar Karine Lins, contribui para elevar o nível de hormônios como a endorfina, associada ao prazer, e a serotonina, reguladora do humor e do sono. Romper o estigma, no final das contas, é o que vale. E o resultado pode ser transforma­dor.

Oferece, online, apoio emocional. Funciona na Rua Luis Gama, n° 47, Nazaré, e atende nos telefones 3322-4111 ou no 3244-6936 por 24 horas. Oferece apoio psicológic­o, no endereço Avenida Edgard Santos, Narandiba, Salvador. Telefone: 3103-3900.

Oferece tratamento psicológic­o e terapia gratuitos na Estrada de São Lázaro, n° 170, São Lázaro. Tel.: 3235-4589.

Oferece gratuitame­nte sessões com psicólogos na Avenida Dom João VI, n° 275, em Brotas. Tel.: 3276-8259.

Sessões de terapia junguiana, baseada no inconscien­te humano, na Avenida Dom João, Alameda Bons Ares, 15, Candeal. Tel.: 3356-1645.

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