Correio da Bahia

Esporte Ainda falta muito...

- Bruno Queiroz

Quatro gols, dois deles oriundos de jogadas irregulare­s, pênalti e expulsão. Não foi a estreia que o Vitória esperava no Barradão, mas o torcedor que foi ao estádio viu uma partida bastante movimentad­a. No final, empate por 2x2 diante do Flamengo, mesmo o Leão tendo um atleta a mais desde os 9 minutos da primeira etapa, que começou em ritmo alucinante.

Vinicius Júnior avançou em diagonal e tocou para Lucas Paquetá bater colocado, no canto direito de Caíque, para fazer Flamengo 1x0. De fato, essa foi a primeira coisa que aconteceu no Barradão quando o juiz apitou o início da partida. Foram necessário­s apenas 16 segundos para que o Vitória sofresse o seu primeiro gol na Série A.

Rapidament­e, não tanto quanto o time carioca, o Leão também balançou as redes, aos 12 minutos, com Yago em cobrança de pênalti. A questão é que a arbitragem errou na marcação da infração.

Numa verdadeira blitz, Rodrigo Andrade chutou rasteiro, Diego Alves espalmou, Rhayner mandou na trave no rebote, a bola voltou em Denílson, que foi abafado pelo goleiro do Flamengo. Por último, ela sobrou para Rhayner novamente chutar forte e atingir o rosto de Éverton Ribeiro, que salvou em cima da linha. O árbitro Wagner Reway, no entanto, viu toque de mão do meia e, além de marcar a penalidade, expulsou o jogador.

A desvantage­m numérica fez Maurício Barbieri sacrificar o centroavan­te Henrique Dourado para a entrada de Willian Arão. Mesmo com um a menos, foi o Flamengo que mais levou perigo até o final da primeira etapa. Primeiro, Paquetá obrigou Caíque a fazer boa defesa em chute cruzado e, em seguida, fez grande jogada pela esquerda mas, quando tocou para o meio, Uillian Correia afastou.

Já na volta do intervalo, Vagner Mancini colocou Juninho no lugar do alemão Baumjohann, mas era o Flamengo quem continuava tendo as melhores oportunida­des. Paquetá roubou a bola de Willian Farias e deu bom passe para Vinicius Júnior finalizar por cima do gol.

Em resposta à substituiç­ão de Mancini, Maurício Barbieri trocou Paquetá, que era o melhor jogador em campo, por Geuvânio. E foi dele o passe para o segundo gol. Aos 26 minutos, após cruzamento de Diego, Willian Arão desviou de cabeça e Geuvânio cruzou para Réver completar para o fundo do gol. O detalhe é que, no início da jogada, o volante estava completame­nte impedido. Mais um erro grosseiro do quinteto de arbitragem.

O Vitória não demorou a reagir e conseguiu o empate aos 30, em cruzamento perfeito de Rhayner. Denílson subiu bonito, livre de marcação, e cabeceou no canto esquerdo de Diego Alves, que nada pôde fazer.

A partir daí, o Leão partiu para cima em busca da virada. Mancini colocou Guilherme Costa no lugar de Pedro Botelho e promoveu a estreia do lateral-direito Jeferson, na vaga de Rodrigo Andrade.

Apesar da pressão, o Vitória não conseguiu chegar ao terceiro gol. O próximo jogo será domingo, às 16h, diante do Atlético Mineiro, no estádio Independên­cia, em Belo Horizonte.

Caíque, Rodrigo Andrade (Jeferson), Kanu, Ramon e Pedro Botelho; Willian Farias e Uillian Correia; Yago, Baumjohann (Juninho) e Rhayner; Denílson Técnico Vagner Mancini

Diego Alves, Rodinei, Réver, Juan e Renê; Cuellar; Éverton Ribeiro, Diego, Lucas Paquetá (Geuvânio) e Vinicius Júnior (Pará); Henrique Dourado (Willian Arão)

Técnico Maurício Barbieri

Barradão

Gols Lucas Paquetá, aos 16 segundos, e Yago, aos 12 do 1º tempo; Réver, aos 26, e Denílson, aos 30 do 2º tempo Cartão amarelo Rhayner, Rodrigo Andrade e Yago (Vitória); Diego e Willian Arão (Flamengo) Cartão vermelho Éverton Ribeiro (Flamengo)

Público 12.669 pagantes

Renda R$ 238.994,00

Árbitro Wagner Reway (MT)

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