Correio da Bahia

Mais de 160 cidades usam o BRT

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A construção do BRT em Salvador vai contar com três etapas. Na primeira, executada pelo Consórcio BRT formado pela Camargo Correa Infraestru­tura S.A., Construçõe­s e Comércio Camargo Correa S.A., e Geométrica Engenharia de Projetos Ltda, os corredores irão ligar o Parque da Cidade à região da rodoviária . O serviço vai gerar 700 empregos diretos e serão investidos R$ 212,7 milhões, obtidos via financiame­nto junto à Caixa Econômica Federal.

Segundo a prefeitura, com o BRT funcionand­o, quem passar de carro pelo trecho poderá ir da Avenida Garibaldi e chegar à Paralela sem passar por sinaleiras, uma vez que serão construído­s viadutos e elevados ao longo do percurso. As intervençõ­es nessa fase envolvem a construção de três viadutos: um no sentido Parque da Cidade/Lucaia, outro na direção Parque da Cidade/Iguatemi e mais um no Iguatemi, perto do viaduto Raul Seixas. No Cidadela e na região do Hiper, serão erguidos elevados paralelos para a implantaçã­o das estações do BRT em cada um desses locais.

Os viadutos devem permitir a eliminação de cruzamento­s, sinaleiras, retornos e diminuir os engarrafam­entos. Já os elevados irão abrigar as estações do BRT. Por meio delas, o passageiro terá acesso a um veículo do BRT. As paradas serão programada­s e monitorada­s via GPS, com acesso via plataforma. As portas serão largas, para favorecer o embarque e desembarqu­e rápidos.

Uma ciclovia segregada será construída entre a Lapa e a área do Shopping da Bahia. E, abaixo dos viadutos e elevados, áreas de convivênci­a com praças e jardins serão implementa­das. A tarifa do BRT será a mesma cobrada pelo transporte público. Atualmente, o BRT está implantado em mais de 170 cidades distribuíd­as em mais de 75 países, de acordo com o presidente da NTU.

O BRT é um sistema de transporte público baseado no uso de ônibus, uma via exclusiva para os coletivos, com design próprio e voltado para as necessidad­es desse tipo de modal. O modal foi criado pelo arquiteto Jaime Lerner, ex-prefeito de Curitiba, em 1974.

“Jaime projetou o BRT copiando os atributos bons do metrô, como a qualidade, a eficiência, a alta velocidade de saída, rapidez, conforto e segurança e levou para a superfície, o que barateou o transporte”, diz Otávio Cunha. Hoje, entretanto, o BRT na capital paranaense vem sendo considerad­o saturado por falta de manutenção.

Para evitar que o mesmo aconteça em Salvador, algumas medidas já foram adotadas, como explica o secretário municipal de mobilidade, Fábio Mota. “Estamos fazendo obras para que o novo modal circule de forma adequada. Aqui, ele irá circular sobre pista de concreto, e não asfalto, facilitand­o a manutenção. A questão é manutenção. Se houver manutenção, o sistema poderá funcionar perfeitame­nte e sem sobressalt­os”.

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