Correio da Bahia

EMPRÉSTIMO­S EM MARÇO

-

caro e estão tentando partir para um crédito mais barato. Por outro lado, há também as razões ligadas ao consumo e aos problemas de gestão financeira. O consumidor contrai mais uma dívida, o salário não dá e aí precisa pegar o empréstimo”, descreve o diretor do Just, Bruno Poljokan.

O estudo foi realizado com 9.604 pessoas. Na comparação com o mês anterior, a renegociaç­ão de dívidas permanece em primeiro lugar (21,22%), mas o cheque especial vem antes do cartão de crédito com uma diferença muito pequena: 12,99% e 12,66%, respectiva­mente.

Quando se olha a evolução, porém, o motivo Pagar Cheque Especial caiu 2,61 pontos porcentuai­s, enquanto Pagar

Não olhe só o valor que vai pagar por mês. Muita gente se engana com isso. É fundamenta­l analisar todo custo efetivo do empréstimo Antônio Carvalho O Cartão de Crédito cresceu 2,26 pontos (o refinancia­mento ficou praticamen­te estável). “O movimento mostra que o brasileiro, de certa forma, já começa a ficar um pouco mais otimista com a economia e a se planejar para investimen­tos/gastos que estava segurando”.

Para o educador financeiro do Canal de Youtube Dinheiro à Vista e presidente da Associação Brasileira de Educação Financeira (Abefin), Reinaldo Domingos, é preciso fazer algumas perguntas para o seu orçamento antes de definir se é preciso ou não contrair um empréstimo (faça o teste proposto por ele ao lado).

“Antes de tomar a decisão

Por isso, o educador financeiro e coordenado­r de assistênci­a financeira do Juizado de Apoio ao Super Endividado, Antônio Carvalho, reforça a importânci­a de pesquisar e de conhecer bem as taxas de juros praticadas.

“O indivíduo não pode aceitar a primeira oferta. É preciso fazer uma boa pesquisa. Todas as taxas estão disponívei­s no site do Banco Central para todas as modalidade­s de crédito cadastrada­s que operam no Brasil. Isso, inclusive, pode ser um bom instrument­o de barganha para negociar a melhor taxa junto com o gerente”.

Também vale a pena ter cuidado com as ofertas de portabilid­ade.

Carvalho faz a conta: “Imagine que alguém tomou um empréstimo de R$ 5 mil em 36 prestações a uma taxa de juros de 3,8%. As prestações ficariam em R$ 257,16. O custo total da dívida vai para R$ 9.257,67. Então, 16 parcelas foram pagas e ao invés de pagar os R$ 3.357.57 restantes, com a portabilid­ade – a uma taxa de 3,8% - o custo do empréstimo vai para R$ 8.861,15. Ou seja, mais que dobro do saldo devedor”.

Outro alerta está relacionad­o às parcelas. “Não olhe só o valor que vai pagar por mês. Muita gente se engana com isso. É fundamenta­l analisar todo custo efetivo do empréstimo. Quanto maior o prazo, menor a parcela e mais cara fica a dívida. Tente fazer o financiame­nto no menor prazo possível”, aconselha o especialis­ta.

 ??  ?? Jorge viu a dívida do cartão crescer em R$ 1 mil: ‘tive que tomar um empréstimo para conseguir respirar’
Jorge viu a dívida do cartão crescer em R$ 1 mil: ‘tive que tomar um empréstimo para conseguir respirar’

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil