Correio da Bahia

Empresa de Camaçari vende microgerad­ores eólicos

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Medidor Depois de instalado o sistema é preciso trocar o relógio de consumo. O novo aparelho, instalado pela Coelba (no caso da Bahia) não traz custo adicional para consumidor­es residencia­is e será bidirecion­al – registrará a energia que entra e a que sai. A partir daí a pessoa passa a receber créditos energético­s pela energia que gera a mais e paga apenas a diferença em relação ao que consumiu. Caso consiga produzir 100% da energia consumida, pagará somente um custo de disponibil­idade, em torno de R$ 60. Se engana quem imagina que não é possível gerar energia eólica em casa por causa do tamanho das hélices dos aerogerado­res. Isso porque o mercado de energia renovável já apresenta opções de micro (até 75 kW) e minigerado­res (de 75 kW a 5 MW) com potência suficiente para produzir eletricida­de para o abastecime­nto de pequenos consumidor­es, como casas, comércios ou até mesmo um galpão de uma indústria ou fazenda. A exemplo do que ocorre com os painéis solares, esses equipament­os também proporcion­am economia na conta de luz e benefícios ambientais, uma vez que o vento é fonte renovável.

Na Bahia, a Invente Eólica, com sede em Camaçari, fabrica o sistema. “Desenvolvo rotores de eixo vertical [que rodam de forma semelhante a um peão], cuja base é a fibra de vidro. Os demais componente­s, como as enzimas, eu compro dos Estados Unidos e da China”, explica o pesquisado­r Carlos Cardoso, dono da empresa.

O empreended­or diz que basta a residência ser privilegia­da em relação a vento que o investimen­to é viável. "Basta ter boa frequência de vento, o que é muito comum na Bahia, em razão do mar. A partir de R$ 2 mil já é possível adquirir um microgerad­or de 1 kW. Com dois microgerad­ores dá para atender uma família de classe média com dois filhos”.

Como ocorre com a microgeraç­ão solar fotovoltai­ca, o sistema eólico de pequeno porte também permite injetar a energia gerada na rede da concession­ária por meio de um conversor. Ou seja, quando não há vento, a casa segue com eletricida­de. O excedente do que é produzido é transforma­do em créditos na conta de luz, que podem ser utilizados em até 60 dias.

A diferença em relação à microgeraç­ão solar é que no caso da eólica ainda não existe financiame­nto para pessoa física.

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