Difícil de defender
Na festa de 106 anos do América-MG, comemorados ontem, o Vitória foi o rasga-saco – aquela atração em que as crianças enchem um saco de papel crepom de pancada até ele largar uns doces.
O placar de 2x1 no Independência, pela 3ª rodada da Série A, foi até pequeno diante da fragilidade da defesa do Leão. A derrota deixa o sinal de alerta ainda mais aceso, já que desta vez veio para um rival teoricamente inferior e fez o time entrar no Z4.
Os vacilos começaram aos seis minutos. Serginho cruzou da direita do ataque, a bola passou por toda a área e Marquinhos, ex-Vitória, surgiu sozinho no segundo pau para marcar. No lance, a zaga ficou parada, e Zé Welison se- quer viu o atacante do Coelho passando nas suas costas.
A lateral direita, que teve o volante mais uma vez improvisado – apesar de Mancini ter Jéferson à disposição – foi o ponto mais fraco. Aos 25, Aylon apareceu por ali de novo, e quase ampliou.
Aos 34, Aylon disparou por aquele setor e cruzou para Marquinhos, que chutou para grande defesa de Caíque.
No lance seguinte, não teve perdão. Serginho cruzou do lado esquerdo da defesa e Rafael Moura, outro ex-Vitória, apareceu sozinho para ampliar. Kanu e Zé Welison ficaram só olhando...
Na etapa final, os vacilos da defesa continuaram surgindo em profusão. Aos 10, aos 14 e aos 16 minutos o Coelho quase fez o terceiro, sempre com cruzamentos na área e com a zaga do Leão assistindo.
A diferença é que o América-MG passou a jogar no contragolpe, e o ataque do Vitória produziu muito mais, equilibrando o jogo. Aos 24 , o estreante Wallyson carimbou a trave. Aos 30, ele mesmo cruzou na área e Pedro Botelho cabeceou para diminuir.
Aos 36, Leandro Donizete foi expulso. Com isso, a blitz rubro-negra teve início, mas sem sucesso. As chances mais claras foram do Coelho, com Serginho perdendo gols aos 44 cara a cara com Caíque e um pênalti não marcado aos 47. Saldo final: o Leão escapou de algo pior.
Jori, Norberto, Messias, Rafael Lima e Carlinhos; Leandro Donizete, Juninho e Serginho; Marquinhos (Zé Ricardo), Aylon (Luan) e Rafael Moura (Gerson Magrão) Técnico Enderson Moreira
Caíque, José Welison, Kanu, Ramon e Pedro Botelho; Uillian Correia, Willian Farias (Wallyson), Yago, Neilton (Guilherme Costa) e Rhayner (Lucas Fernandes); Denilson Técnico Vagner Mancini
Independência Gols Marquinhos, aos 6, e Rafael Moura, aos 34 do 1º tempo; Pedro Botelho, aos 30 do 2º Cartão amarelo Carlinhos; Ramon Vermelho Leandro Donizete Árbitro Vinícius Furlan (SP)