Sabemos que a longo prazo isso é ruim porque acaba estragando o carro. A gente abastece com um pé atrás Márcio Souza
O aumento no preço da gasolina chamou a atenção também do Procon, informou o superintendente do órgão na Bahia, Filipe Vieira. Em entrevista ao CORREIO, ele explicou que a instituição precisa ser provocada e indicou que os consumidores que se sentirem prejudicados devem denunciar.
“O consumidor pode fazer uma denúncia por meio do Procon-BA mobile (aplicativo do órgão) ou pelo e-mail procon@sjdhds.ba.gov.br. A partir do volume de denúncias, o órgão pode informar a situação ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica)”, afirmou.
Vieira disse ainda que o Procon não tem a função de estabelecer preço final, o objetivo é fiscalizar possíveis irregularidades no preço e na qualidade do produto. “A função prioritária do Procon não é ver o preço cobrado, mas sim como é cobrado”, indicou ele quando questionado sobre a possível formação de cartel na Bahia.
“Com informações dos consumidores, eu poderia representar ou mandar um ofício para pedir a atuação do MP (Ministério Público), da ANP (Agência Nacional de Petróleo) ou Cade. É algo que pode acontecer”, completou. O superintendente anunciou também que, após as reclamações de consumidores em ocasiões anteriores, o Procon já informou ao Cade que tem a função de regular a situação.
Nos próximos dias, o órgão de defesa do consumidor prevê uma atuação conjunta com outras instituições, como Delegacia do Consumidor, ANP e Ibametro, para investigar as possíveis irregularidades como aumento abusivo, qualidade da gasolina e precisão das bombas. A multa nesses casos pode variar de R$ 600 a R$ 6 milhões, ainda conforme o Procon.