Especialista diz que mudar de carreira exige calcular riscos
Para o presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos na Bahia (ABRH-BA), Cézar Almeida, é importante avaliar os sonhos e os riscos.
“O sonho tem preço, então é óbvio que a situação de vida de muitas pessoas não permite mudanças radicais, mas, ao mesmo tempo, as pessoas podem planejar isso e fazer de forma cadenciada. Vai haver um certo sacrifício, mas dá”, comenta.
Ele explica que correr riscos é importante. No entanto, é preciso observar em que momento da vida esses riscos podem ser vividos. Ou seja, antes de tomar uma atitude arriscada, é recomendável avaliar o contexto familiar e social.
Mas ele acredita que, quando as pessoas mudam por um desejo, meta ou sonho, tornam-se corajosas.
“Saber equilibrar isso é o caminho para que uma carreira seja bem-sucedida. O sucesso não vai ter ligação com a quantidade de dinheiro ou de prêmios que a pessoa teve, mas da sensação que ela tem que está fazendo o que realmente quer”.
Segundo Almeida, a sociedade vive, hoje, uma mudança de paradigmas. Se, antes, uma pessoa escolhia um trabalho e seguia naquilo até o fim, atualmente, não existe permanência.
Ao mesmo tempo, até alguns anos atrás, ele destaca que a carreira era associada à estabilidade e às oportunidades no mercado de trabalho.
“Nem as organizações e nem as pessoas davam tanta atenção a essa coisa do significado. Hoje, são observados outros fatores, como o talento individual, o propósito e o legado que você quer deixar. É natural que, nesse processo, as pessoas busquem outras carreiras”.