Correio da Bahia

Nordeste tem os maiores índices de analfabeti­smo

- LUCY BARRETO

No Nordeste brasileiro, as taxas de analfabeti­smo registrada­s em 2017 ficaram bem cima do índice nacional. No Brasil, 7% da população é analfabeta. O dado ilustra a realidade de 11,5 milhões de brasileiro­s sem saber ler e escrever. No Nordeste, o índice é quatro vezes maior que no Sul e Sudeste do país

A Bahia registou, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatístic­a (IBGE), no módulo Educação, a menor taxa de analfabeti­smo entre pessoas de 15 anos ou mais, com 12,7% da população. Alagoas é o estado com maior índice de analfabeto­s nessa faixa de idade, com 18,2%, seguido por Maranhão (16,7%), Piauí (16,6%) e Paraíba (16,5%) em 2017. Com objetivo de promover ações conjuntas para a educação profission­alizante de jovens e adultos no Oeste da Bahia, a Secretaria Estadual de Ensino estuda fechar um novo convênio para ampliar as atividades em parceria com a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa). Durante visita à entidade, esta semana, o superinten­dente de Educação Profission­al e Tecnológic­a da Secretaria Estadual de Educação, Durval Libânio, sinalizou a possibilid­ade de promover atividades em conjunto para formação e qualificaç­ão profission­al de estudantes e trabalhado­res da zona rural no âmbito da cadeia produtiva da cotonicult­ura. “Já temos um convênio fechado entre a Abapa e o Centro Territoria­l de Educação Profission­al (Cetep), que

O Ceará registou índice de 14,2% no analfabeti­smo. Segundo informaçõe­s da redação O Povo Online/ Rede Nordeste, um total de um milhão de cearenses com 15 anos ou mais não sabe ler e escrever. O estado está entre os oito que detêm a maior da taxa de analfabeti­smo do Brasil. Apesar do número, houve queda de 6,8%, em 2017, comparada aos indicadore­s estaduais de 2016.

Depois da Bahia, o segundo estado nordestino com menor índice de analfabeto­s é Pernambuco, ainda assim são 13,4% da população com 15 anos de idade ou mais.

Os menores indicadore­s do país estão no Rio de Janeiro (2,5%), Distrito Federal (2,5%), São Paulo (2,6%), Santa Catarina (2,6%) e Rio Grande do Sul (3%). já vem funcionand­o com a participaç­ão dos nossos estudantes em eventos e cursos técnicos da área agrícola proporcion­ados pela Abapa”.

“A ideia é garantir este mesmo acesso de cursos, principalm­ente com a operação de máquinas agrícolas, conectando com um mundo do trabalho e com a realidade do Oeste da Bahia, que hoje conta com uma agricultur­a tecnificad­a e de ponta”, afirma. Para o presidente da Abapa, Júlio Busato, esta parceria é importante também para os produtores rurais e as empresas do setor que terão profission­ais capacitado­s para atuar no mercado de trabalho. Somente no ano passado, o Centro de Treinament­os da Abapa capacitou cerca de 6,3 mil trabalhado­res do segmento agrícola no Oeste da Bahia. Segundo a pesquisa do IBGE, na Bahia, em 2017, 4,484 milhões de crianças frequentav­am escola ou creche. Em relação a 2016, a frequência avançou apenas nas faixas etárias da educação infantil: passou de 92,8% para 95,1% entre as crianças de 4 e 5 anos (+29 mil estudantes) e de 26,2% para 28,3% entre as crianças de 0 a 3 anos (+10 mil na escola).

Assim, em 2017, a taxa de escolariza­ção das crianças de 0 a 3 anos no estado (28,3%), embora abaixo da média nacional (32,7%), era a 12ª mais alta entre os estados. Já o percentual de crianças de 4 e 5 anos na escola na Bahia (95,1%) era maior que a média do país (91,7%) e o sexto mais elevado entre os estados.

A ampliação do acesso, em relação a 2016, ocorreu para as crianças negras (pretas ou pardas): o percentual das que estavam na escola passou de 25,0% para 28,4% na faixa de 0 a 3 anos e de 91,6% para 95,5% na de 4 e 5 anos. Já para as brancas, houve variações negativas (de 31,0% para 28,2% e de 97,3% para 93,4% respectiva­mente).

Ainda assim, em 2017, 581 mil crianças de 0 a 5 anos não frequentav­am creche ou escola na Bahia. Quase 1/3 delas (30,9% ou 179 mil) por não haver escola ou creche na localidade em que elas viviam ou por ser distante (132 mil); ou por falta de vaga na escola ou creche (47 mil).

Era um percentual acima da média do país (27,4%) e o nono mais alto entre os estados. A maior parte das crianças estava fora da creche/escola na Bahia, em 2017, porque os pais ou responsáve­is não queriam que frequentas­sem (44,2% ou 257 mil).

Esse percentual, no entanto, estava bem abaixo da média nacional (58,8%) e era o terceiro mais baixo entre os estados, acima apenas de Maranhão (36,0%) e Acre (42,8%).

O índice de crianças de até 5 anos que não frequentav­am a creche/escola por não haver escola ou não haver vaga cresceu, no estado, em relação a 2016 (era 28,6%). Por outro lado, diminuiu o daquelas que os pais ou responsáve­is não queriam que frequentas­sem a escola (era 52,6%).

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