Correio da Bahia

Falta limite aos bancos, defende economista

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Argumento O professor e educador financeiro Antônio Carvalho orienta que o melhor argumento deve seguir a ótica do padrão de juros cobrado pelo mercado. “Pra isso ele precisa conhecer. Pesquisar as taxas, ver que taxas as instituiçõ­es estão cobrando em média. Deve usar como argumento também que a taxa básica de juros do governo está em queda, hoje a 6,5%.”, explica. Muita gente paga juros, mas sem saber ao certo o custo efetivo disso na fatura. O CORREIO conversou com o professor de economia da Unifacs e diretor de Indicadore­s e Estatístic­as da Superinten­dência de Estudos Econômicos da Bahia (SEI),Gustavo Casseb Pessoti. Ele esclareceu alguns pontos importante­s para entender não só como se formam as taxas mas também, como elas crescem e se tornam uma bola de neve. Confira:

Por que os juros no Brasil são tão altos?

A taxa de juros no Brasil é pornográfi­ca. Toda a crise mundial que aconteceu não fez que nenhum outro país chegasse a essa taxa. Os juros são altos por vários motivos. O mais importante deles é a força do sistema financeiro. A maior forma de ganho dos bancos é o spred bancário. É a fonte número um de lucro. O spred bancário consiste na diferença da taxa de juros que o banco paga para os poupadores e o que ele cobra para os que contratam empréstimo­s. Ainda tem outro fator de impacto: a inadimplên­cia é muito alta. Isso acaba levando a taxa de juros lá pra cima para que o banco não perca o que emprestou. Quando o risco é muito alto, o prêmio também é muito alto. E o Brasil, ultimament­e é considerad­o um país muito arriscado para se investir. Então, o risco país é mais um fator que interfere.

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