Agenda A orquestra TCA Instrumental faz apresentação gratuita hoje na Funceb
no espelho e isso se torna cada vez mais natural. Coisas que antes você rejeitava - como uma celulite - você passa a aceitar, porque você vê aquilo como natural e bonito, parte de quem nós somos”.
Quem também sentiu na pele os benefícios da prática foi a mãe e dona de casa Camilla Orrico, 34. Ela era sedentária e atribui ao pole dance as mudanças que teve na vida, principalmente nos sintomas da depressão, que enfrenta há anos. Após décadas de autojulgamento severo, se libertou de preconceitos e resgatou um amor próprio quem nem mesmo ela sabia que existia.
“Passei anos me escondendo, com um monte de neuras. Noutros tempos, nunca, jamais, nem sob tortura, eu colocaria minha barriga de fora. Hoje sou orgulhosa de toda a força que ela concentra e de tudo o que posso fazer graças a isso”, conta, alegre, Camilla.
Sinônimo de libertação, as aulas a ajudaram a ver as pessoas além da aparência. “Essas amarras não me prendem mais. Estou cagando e andando se estou na moda ou não. Se alguém olhar torto pra mim, ofereço um boleto pra pagar”, brinca. Camilla mudou ainda hábitos de sono e alimentação: “Me tornei uma mãe mais calma e melhorei o relacionamento com meu marido. Até nos relacionamentos interpessoais percebi mudanças”.
A sororidade entre as mulheres e o companheirismo entre os praticantes, inclusive, é uma das experiências mais marcante. “Somos bem unidos, como uma família, e é muito gostoso”, ressalta o estudante Alexandre Silva, 27, que também faz atividades circenses e foi apresentado ao pole por uma ex-namorada. preconceito. Eu não ligo, mas sei que amigos sofrem coisas muito piores do que eu”, conta ele, ressaltando que a atividade nada tem a ver com orientação sexual da pessoa. “Sou muito bem resolvido com relação a minha sexualidade”, afirma.
Ao contrário de Alexandre, o estudante de engenharia elétrica Gabriel Guerreiro, 25, diz não ser alvo de preconceito: “Sou gay e isso não é uma questão. Existe uma ideia errada de que a gente vai dançar para qualquer pessoa, porque sexualizam o pole e objetificam o corpo”.
Pare ele, a ignorância de boa parte da população tem a ver com a popularização da dança nos clubes de strip-tease: “Não é uma coisa sexualizada e nem só de prostituta. E outra, as prostitutas que fazem pole dance brocam muito. Porque não é pra qualquer um”, pontua.
De fato, é preciso ter determinação, o que mulheres e homens gordos têm de sobra. É o caso da internacionalista Andréa Costa, 31, que mostra que seu peso não a impede de nada. “É preciso ter um pouco mais de força, já que você tem que carregar mais peso. Mas ser gorda não me impede de nada e não me faz inferior às outras pessoas. Cada um tem suas dificuldades e é normal. Apesar de ser difícil e desafiador, porque dói, é muito divertido”, garante.
Não há pré-requisitos, segundo a professora Erika, mas são necessários alguns cuidados: o aluno que tem lesões nas articulações, assim como pessoas com labirintite, devem passar por avaliação médica.
O pole abre a nossa cabeça. Você descobre do que é capaz e vê que, com treino e dedicação, você consegue fazer tudo Alice Suzart
Ser gorda não me impede de nada e não me faz inferior às outras pessoas. Cada um tem suas dificuldades e é normal Andréa Costa
Armação O Studio de Pole Dance Erika Thompson (Rua General Bráulio Guimarães, 38) recebe aulas diariamente, exceto sexta e domingo. Os preços variam de R$ 130 (para quem faz aula uma vez na semana e paga o semestre) a R$ 240 (para quem faz três aulas por semana e fecha o pacote mensal). Além de pole dance nos níveis iniciante, intermediário e avançado, tem aulas de outras modalidades: Pole Divas, Flexibilidade e força e Habilidades acrobáticas. Essas aulas custam R$ 100 (mensal). A aula experimental é gratuita. Infos pelo WhatsApp (71) 98669-6114.
Pelourinho A professora Odre Consiglio dá aulas de pole dance na Escola de Dança da Funceb (R. da Oração, 01). O investimento é de R$ 60 (mensal, com quatro aulas). Práticas toda sexta-feira, das 18h30 às 20h30. Mais informações: (71) 3116-6644.
Stella Maris O Centro de Dança e Artes Cambré (Rua Capitão Melo, 167) tem aulas por R$ 150 (mês). Mais infos: (71) 2132-3596.
Vitória O Pole House Studio (Rua Aloísio de Carvalho, 119) oferece a modalidade fitness por R$ 160 (4 aulas) e R$ 180 (8 aulas). Já a sensual sai por R$ 180 (4 aulas). A aula de flexibilidade sai por R$ 120 (4 aulas) e R$ 200 (8 aulas). Já o combo de Twerk, que trabalha o rebolado, sai por R$ 160 (4 aulas). A aula experimental de qualquer modalidade custa R$ 20, enquanto a aula avulsa sai por R$ 50. Também podem ser contratadas aulas particulares: R$ 70 (avulsa) e R$ 240 (4 aulas). Infos: (71) 99166-7466.
Outros bairros A Pole Dance Circus tem aulas em espaços variados na Barra, Brotas, Rio Vermelho, Piatã e Patamares. Infos: (71) 99139-7791 ou (71) 98604-3236.