Indústria baiana opera no limite do suportável
A indústria baiana, que passou por maus bocados nos últimos anos, também foi diretamente afetada. De acordo com o superintendente de Comunicação do Comitê de Fomento Industrial de Camaçari (Cofic), Érico Oliveira, as quase 100 empresas do Polo de Camaçari estão trabalhando no limite. Algumas – como a Ford – já até pararam.
A greve tem provocado a falta de insumos fundamentais para o processo produtivo. “Se isso não se resolver de forma mais rápida, esses efeitos podem ser agravados para outros setores”, diz ele, que aponta que não é possível calcular o prejuízo total.
Segundo Oliveira, o Cofic vem acompanhando essas empresas diariamente, mas não dá para dizer se as empresas conseguem funcionar por pelo menos mais um, dois, três dias. Para evitar a parada, as fábricas têm feito cortes de gastos. “Algumas estão antecipando folgas para evitar o uso de transporte de pessoal e priorizar a área industrial”, diz.
Depois que isso acontecer, cada empresa terá seu próprio prazo para normalizar a situação. Algumas podem voltar até no mesmo dia, enquanto outras podem levar até 10 ou 15 dias. Alguns setores fazem malabarismo para manter serviços em funcionamento. Ontem, a Coelba atendia apenas casos emergenciais, a Embasa pede que os consumidores economizem água.
O superintendente de serviços técnicos da Coelba, Saulo Cabral, disse que, para economizar combustível, apenas emergências estão sendo atendidas. O serviço foi considerado essencial.
A situação mais crítica é no Norte da Bahia, onde o abastecimento das equipes de plantão está no final.
A Embasa informou que ainda não registrou problemas com o abastecimento e que não há risco de falta iminente de produtos químicos para o tratamento.