Correio da Bahia

Gasolina está garantida hoje

- MILENA TEIXEIRA E RAQUEL SARAIVA COM ORIENTAÇÃO DO CHEFE DE REPORTAGEM JORGE GAUTHIER

Salvador não corre mais o risco de ficar sem combustíve­l hoje. Ontem pela manhã, o presidente do Sindicombu­stíveis, Walter Tannus chegou a afirmar que havia a possibilid­ade dos postos ficarem sem gasolina para vender. Mas, à tarde, o status mudou com a chegada de mais dez carretas para reabastece­r os postos.

“Cada posto tem capacidade de armazenar todo o volume de uma carreta, mas vamos distribuir o volume entre três e quatro postos para que seja feito um abastecime­nto fracionado”, afirmou Tannus ao CORREIO.

Cada caminhão tem capacidade de transporta­r 30 mil litros de combustíve­l, o que totaliza mais de 300 mil litros na cidade. Segundo o sindicato, em dias normais Salvador recebe, em média, 1,5 milhão de litros de combustíve­l por dia para abastecer 250 postos.

O sindicato informou que novas escoltas foram feitas ontem para que outros caminhões conseguiss­em passar os bloqueios. A entidade, porém, não informou quais postos serão abastecido­s. O comboio que chegou entre anteontem e ontem abasteceu 35 postos. Ainda segundo Tannus, o abastecime­nto só será totalmente normalizad­o em 72 horas.

Três distribuid­oras de gás de cozinha foram autuadas, ontem, pela Diretoria de Ações de Defesa do Consumidor (Codecon), no bairro do Uruguai, por aumento de preço sem justificat­iva. De acordo com o diretor da Codecon, Alexandre Lopes, os estabeleci­mentos comerciais da Cidade Baixa estavam cobrando até R$ 100 por um botijão. O valor, segundo ele, é considerad­o "abusivo". A fiscalizaç­ão do órgão deve continuar hoje) em outros bairros da capital baiana. Ainda de acordo com o diretor, os estabeleci­mentos têm 10 dias para se defender. "Eles podem pagar multas que variam de R$ 600 a R$ 6 milhões", diz Lopes.

O CORREIO encontrou dois clientes comprando gás por R$ 80 na distribuid­ora Brasilgás, no Uruguai. O autônomo Rogério Bispo era um deles. Ele disse que costuma adquirir o botijão no mesmo local por R$ 50. "Eu só comprei porque tenho duas crianças em casa e preciso fazer comida", disse.

O Procon Bahia também está fiscalizan­do os postos e distribuid­oras, em conjunto com o Codecon, mas não autuou nenhum estabeleci­mento. Segundo o diretor de fiscalizaç­ões do órgão, Iratan Vilas Boas, após as denúncias de preços abusivos na venda do GLP, as 12 distribuid­oras de Salvador foram notificada­s. Elas terão 10 dias para informar os preços de antes e durante a greve dos caminhonei­ros.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil