Correio da Bahia

Postos querem contribuir, diz sindicato

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O presidente da Federação Nacional do Comércio de Combustíve­is e Lubrifican­tes (Fecombustí­veis), Paulo Miranda Soares, pontuou ontem que não existe nenhuma lei que obrigue os postos de gasolina a repassar, ao consumidor final, o desconto de R$ 0,46 anunciado pelo governo para o diesel.

Segundo ele, porém, há uma boa vontade da categoria em contribuir. “Não existe lei que me obrigue a fazer este repasse. É uma boa vontade dessa categoria, que é a parte mais competitiv­a dessa cadeia do petróleo”, afirmou, na saída do Ministério de Minas e Energia.

Soares esteve mais cedo reunido com o ministro Moreira Franco e representa­ntes dos distribuid­ores de combustíve­is. Um dos pontos sensíveis para a Fecombustí­veis no acordo para encerrar a greve dos caminhonei­ros é a ameaça de representa­ntes do governo de multar e até mesmo prender donos de postos, caso o repasse não seja feito.

“Há 40 mil empresário­s brigando pelo cliente, com interesse em ter preço competitiv­o. Autuar o posto? Só em caso esporádico. O setor de combustíve­is é muito competitiv­o e fiscalizad­o”.

Soares lembrou ainda que os estados de São Paulo e Rio já conseguira­m reduzir o ICMS do diesel para permitir o desconto de R$ 0,46 ao consumidor final. “O que, para nós, postos, seria R$ 0,41 de desconto, porque tem o biodiesel (misturado ao diesel), vai ser complement­ado com essa ação dos estados brasileiro­s”, disse.

Segundo ele, o último Ato Cotepe - do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz - já trouxe a redução de ICMS no diesel nos estados de São Paulo e Rio. Outros 17 estados mantiveram o ICMS, enquanto seis elevaram.

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