Correio da Bahia

Associação estima redução de devedores

-

A inclusão de consumidor­es nos bancos de dados de “bons pagadores” deve injetar R$ 48 bilhões na economia baiana e reduzir em 38,3% a inadimplên­cia no estado. A estimativa é de um levantamen­to feito pela Associação Nacional dos Bureaus de Crédito (ANBC), que defende o novo modelo que ainda precisa ser aprovado pelo Senado Federal.

De acordo com o presidente da entidade, Elias Sfeir, o cadastro positivo pode ainda possibilit­ar acesso ao crédito para um contingent­e adicional de cerca de 1,5 milhão de consumidor­es. “Quem oferta o crédito vai ter mais segurança ao emprestar com esta avaliação mais precisa de quem é um bom e de quem é um mal pagador. Com isso você reduz a inadimplên­cia, traz mais competição para o setor e aquece a economia”.

Dados que antes eram apenas disponibil­izados para bancos passam a ser acessados por entre instituiçõ­es financeira­s, como fintechs, cooperativ­as, pequenas financeira­s e também entre empresas do varejo. “Pelo menos 55% do spread bancário é devido à inadimplên­cia. Se há uma redução disso, consequent­emente, os juros serão reduzidos. Menos risco, a taxa cai”, avalia.

No Brasil, o índice de redução na inadimplên­cia deve chegar a 40,3% e a R$ 1,1 trilhão de injeção na economia. “Ainda de acordo com o estudo que fizemos, identifica­mos que 30% das classes C, D e E aumentaram a sua nota na hora que entraram suas informaçõe­s positivas. A intenção do cadastro positivo não é saber se esse consumidor comprou um sapato, por exemplo, mas se ele honrou com aquele compromiss­o. São informaçõe­s importante­s para quem oferta o crédito”.

O Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) é mais uma entidade a favor do cadastro positivo. Para o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, a avaliação individual­izada na concessão de crédito vai deixar de “penalizar” o bom pagador. “A avaliação de risco mais justa irá favorecer com mais assertivid­ade por parte do empresário a concessão de financiame­ntos, empréstimo­s e compras a prazo”, reforça Pellizzaro Junior.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil