Correio da Bahia

Governo estuda opções para reduzir preços

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O governo quer reduzir o preço da gasolina e do gás de cozinha até o próximo mês, mas garante que não haverá interferên­cia no modelo de reajuste de preços dos combustíve­is praticado pela Petrobrás. Com apelo popular, a quatro meses das eleições, a medida já é batizada como “política para o consumidor” e prevê uma espécie de “seguro” para evitar que reajustes sejam repassados totalmente à população até o fim do ano. Com receio de que novos protestos e cobranças batam à porta do Palácio do Planalto, na esteira da greve dos caminhonei­ros, o governo tenta agora impedir que novos aumentos nos preços da gasolina e do gás virem uma crise incontrolá­vel.

“Não há incompatib­ilidade entre o governo ter uma política de preços para os combustíve­is e as empresas terem a dela. Isso é o que se faz no mundo todo”, disse o ministro de Minas e Energia, Moreira Franco.

A ideia é criar uma espécie de “seguro”, no qual o governo estima um valor médio para a cotação do barril de petróleo. A partir daí, entraria em cena um regime diferencia­do de tributação, que faria compensaçõ­es para cima e para baixo, de acordo com a variação do preço estipulado para o produto.

Temer tentará fazer um acordo com os governador­es, no intuito de que todos reduzam a carga do Imposto sobre Circulação de Mercadoria­s e Serviços (ICMS) sobre os preços.

O ministro-chefe da Secretaria de Governo, Carlos Marun, afirmou acreditar que a Petrobras vai reavaliar a política de preços dos combustíve­is. “Não adianta a Petrobras dizer que ‘eu sou uma grande empresa eficiente’, só que eu não sirvo para o meu consumidor”, acrescento­u o ministro.

Marun, no entanto, foi evasivo ao responder o que a estatal deverá de fato fazer em relação ao assunto.

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