‘Água tem! O problema é a exploração desregulada’
revitalizar o rio? Fizemos um plano sólido para a bacia como um todo. Reunimos mais de seis mil pessoas em oficinas, audiências públicas, reuniões em cada um dos seguimentos e produzimos um extenso diagnóstico socioambiental e todo um planejamento sobre como recuperar a bacia. O caderno de investimentos calcula em R$ 30,8 bilhões como o valor necessário para, em 2026, o Rio São Francisco, de fato, chegar em uma situação estável. Como se calcula isso? O caderno aponta diversas fontes e ações. Fizemos consultas a orçamentos de estados, municípios e união, aos planos estaduais de desenvolvimentos de recursos hídricos e outras fontes. O senhor acha esse plano viável e ele seria aplicado de que forma?
Em requalificação de aquíferos, combate à erosão e ao assoreamento, melhoria da qualidade da água, recomposição de mata ciliar, na gestão da água subterrânea, fiscalização, pesquisa. O valor é uma re- ferência. Se a gente não pode cumprir ele 100% a gente se propõe a isso. Alimentamos essa utopia porque a gente precisa sair do lugar. O Governo Federal vivia alardeando que existia dinheiro para a bacia, mas que não existia projeto. O comitê está fazendo a parte dele. Esse não é um plano para o comitê. É um plano para todos os que estão envolvidos na bacia. Por isso entregamos para cada ente da bacia. Levamos para o Governo Federal, para os ministros da Integração e Meio Ambiente, entregamos para as agências de desenvolvimento, secretarias de recursos hídricos e meio ambiente dos estados, para as companhias de abastecimento de água, para as federações das indústrias,