Caminhoneiros ANTT publica nova tabela com preço mínimo do frete para o transporte
O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, garantiu que continuará trabalhando com o governo para oferecer liquidez aos mercados de câmbio e de juros “enquanto for necessário”. Ele ressaltou, porém, que o regime de câmbio flutuante é a primeira linha de defesa do país e rechaçou o uso da taxa de juros Selic para controlar a cotação do câmbio.
O presidente do BC disse que a autoridade monetária tem atuado para prover liquidez e continuará oferecendo contratos de swap. Ele destacou que o BC conta hoje com uma munição maior e vai oferecer US$ 20 bilhões em swaps até o fim da semana que vem, “sem prejuízo de atuações adicionais”.
“Hoje, estamos usando esse seguro e podemos ir além dos máximos históricos do passado”, disse o presidente do BC. Além do swap, Goldfajn também citou outros instrumentos como leilões de linha.
Goldfajn buscou destacar os fundamentos sólidos da economia brasileira. “O balanço de pagamentos do Brasil é muito bom, nós temos uma conta-corrente equilibrada. Nós esperamos que esse fluxo de conta-corrente seja superavitário nos próximos 12 meses”, disse.
O presidente do BC iniciou a coletiva destacando que houve mudança relevante no cenário externo. Ele citou a elevação na taxa de juros nos Estados Unidos como um atrativo para investimentos em dólar.
Apesar da valorização da moeda americana ser generalizada, há também um movimento de desvalorização do real. Este mês, a moeda brasileira é a segunda que mais perdeu valor, em comparação com o dólar (-4,2%), melhor apenas que o dólar da Libéria (-4,4%).
O presidente Michel Temer disse ontem em entrevista exclusiva à jornalista Roseann Kennedy, no programa Nos Corredores do Poder, da TV Brasil, que o governo tem todas as condições para enfrentar a alta do dólar. “Não há risco de crise cambial no Brasil”, avaliou.
Segundo ele, o país dispõe de uma reserva de US$ 380 bilhões e uma dívida muito inferior a este valor, além de manter sob controle o ajuste fiscal e continuar recebendo investimentos de empresas estrangeiras. Temer destacou ainda que não é apenas o Brasil que está sentindo os efeitos da valorização do dólar e dos juros nos Estados Unidos.