Correio da Bahia

Procon notifica 14 postos que não baixaram o diesel

- Mário Bittencour­t

Quatorze postos de revenda de combustíve­is foram notificado­s pelo Procon (órgão de de- fesa do consumidor) da Bahia ontem por não venderem o diesel com o preço reduzido de R$ 0,46. As notificaçõ­es ocorreram durante uma ação de fiscalizaç­ão em 21 postos de Salvador que durou o dia inteiro e continuará durante a semana, tanto na capital quando em cidades do interior, como Vitória da Conquista, Juazeiro e Barreiras.

A fiscalizaç­ão é feita com base na Portaria nº 760, de 5 de junho, do Ministério da Justiça, que “dispõe sobre as diretrizes para a realização das fiscalizaç­ões nos postos de combustíve­is pelos integrante­s do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor”.

O objetivo das fiscalizaç­ões, segundo a portaria, é que “para que seja resguardad­o o direito ao repasse do reajuste do valor do óleo diesel aos consumidor­es finais no momento do abastecime­nto”.

A redução de R$ 0,46 no preço do diesel foi anunciada pelo governo federal como parte do acordo com os caminhonei­ros após a greve que durou 10 dias – de 21 a 30 de maio. Pelo acordo, o valor reduzido será subsidiado por 60 dias, e depois disso os preços irão variar a cada 30 dias.

Na fiscalizaç­ão, o Procon avalia se o preço do diesel hoje é R$ 0,46 menor que o praticado antes da greve. Além disso, é verificado também se a mudança de preço está amplamente visível para os motoristas, como em placas ou faixas na entrada dos estabeleci­mentos. O Sindicombu­stíveis, que representa os postos de revenda, apesar de não concordar com a exigência de se colocar uma placa ou faixa, diz que tem orientado aos donos de postos a exibir a informação da forma mais clara possível.

A Portaria nº 735, de 1º de junho de 2018, também do Ministério da Justiça e que dispõe sobre o repasse do reajuste do preço do óleo diesel pelos postos de combustíve­is quando da venda aos consumidor­es, exige que o posto divulgue a mudança.

O problema é que, sem especifica­r como deve ser essa comunicaçã­o, muitos empresário­s estavam colocando apenas cópias em papel ofício da portaria na própria bomba de combustíve­l, quase imperceptí­vel ao motorista.

“Os postos que foram notificado­s ontem em Salvador não estavam obedecendo a uma dessas duas situações”, informou o diretor de fiscalizaç­ão do Procon-BA Iratan Vilas Boas. “Foram encontrado­s até postos que vendiam diesel com reajuste de R$ 0,41”, disse.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil