Correio da Bahia

Ficção A cantora Paula Fernandes estreia como atriz na novela Deus Salve o Rei e vive princesa na trama

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que não era uma religião específica que ia lhe trazer a completude veio aos poucos. “Eu não sou uma pessoa de seguir rituais, crenças, dogmas e o que diz à risca cada religião. Digo que sou uma pessoa espiritual­ista, não espiritual­izada”, diferencia.

Já o cantor e compositor Leo Cavalcanti, 34, tem ressignifi­cado constantem­ente sua experiênci­a com a espiritual­idade. Filho de pais ateus, ele sempre se viu numa “busca pela força que está além do corpo físico”: inicialmen­te através da yoga, depois de leituras e terapias holísticas. “Nunca consegui me encaixar em uma doutrina e nunca quis. Meu desejo é ser livre, potente e viver isso intensamen­te. A espiritual­idade para mim não passou a ser outra coisa que não a vida”, diz, ao explicar que hoje está muito mais terreno, deixando o mistério ser um mistério.

Por isso, nem mesmo o uso da ayahuasca tem sido uma constante. “Tem um tempo que não tomo, mas ela me propicia um nível de consciênci­a profundo e não só a ayahuasca, mas tudo com o que me envolvi nessa busca me abriu dimensões valiosíssi­mas que nunca mais vão desaparece­r”. tendência

Apesar de serem buscas muito individuai­s, esse movimento é visto como uma tendência, reflexo da contempora­neidade. “Pode ser uma chave para um mundo mais tolerante, livre da subserviên­cia dos dogmas”, acredita a escritora Letícia Gicovate.

A opinião é compartilh­ada pela terapeuta Elis Carvalho, 33, que vive a espiritual­idade no dia a dia, inclusive em sua profissão. “As religiões foram as grandes detentoras do conhecimen­to e dessa busca pela espiritual­idade, mas hoje está cada vez mais claro que as religiões levam até um ponto e depois é algo muito individual. Isso não quer dizer que não possa haver esse auxílio, inclusive de religiões. Mas há traumas e curas que têm a ver com experiênci­as e vivências de cada indivíduo”.

Para Leo Cavalcanti, a espiritual­idade fluida é algo irrefreáve­l nas sociedades cosmopolit­as. “Uma linhagem que vem de um povo antigo, de outra época, com outros símbolos, dá conta dos nossos anseios? Pode ser que dê em partes, mas a gente precisa dar conta de coisas inéditas também, e pra isso, precisamos de mais. Isso tem a ver com autonomia e empoderame­nto, com essa coisa política forte que é você se apropriar da sua potência de interpreta­r o mundo, a si mesmo e se criar”, opina.

No fim das contas, seja de qual modo for, a busca continua sendo ser feliz e proporcion­ar felicidade aos outros.

A Profecia Celestina Aventura de suspense e misticismo que revela nove passos da evolução espiritual.

O Fim da Religião Sem dogmas, é possível fazer com que a inteligênc­ia do coração se manifeste plenamente

A Força do Poder da Fé Best-seller destaca as leis mentais e espirituai­s que promovem paz, saúde e felicidade.

O Espírito do Ateísmo Livro questiona se Deus existe e se ateus estão condenados a viver sem espiritual­idade

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