Correio da Bahia

Dinheiro extra: fé no bolão da Copa

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E por falar em dinheiro extra, tem muita gente que, em época do campeonato mundial de futebol se empolga com os famosos bolões da Copa. Pelo menos, três em cada dez pessoas pretendem participar de um bolão na tentativa de apelar para a sorte, acertar o placar dos jogos e levar o prêmio da aposta.

Segundo um levantamen­to feito plataforma de finanças GuiaBolso, a maioria das pessoas (71,9%) pretende gastar até R$ 50 por bolão, mas há também quem vai desembolsa­r mais.

E, apesar de praticamen­te metade (46,6%) apostar em apenas um bolão, os mais empolgados irão jogar em dois (24%), três (10,6%) ou até mais de três bolões (18,8%). Isso é que é confiar na Seleção.

“Chama a atenção na pesquisa o fato de que o dinheiro, ou a falta dele, costuma ser um argumento para a pessoa adiar o investimen­to. Mas um percentual consideráv­el dos entrevista­dos tem a intenção de participar de um bolão. As pessoas sempre adiam os planos de investimen­to acreditand­o que vão conseguir aplicar quando ganharem melhor”, analisa o presidente do GuiaBolso, Thiago Alvarez.

Ainda que o mundial sirva como um incentivo para confiar na sorte, o mesmo dinheiro desembolsa­do pode também ser uma boa aposta - só que a médio e longo prazo. Uma simulação feita pela plataforma mostra que se a pessoa pegasse R$ 100 todos os meses e investisse em algo conservado­r, como um título público ou fundos de renda fixa (rentabilid­ade líquida de 0,6% ao mês), teria acumulado pouco mais de R$ 5 mil em quatro anos.

Com R$ 200 todos os meses, o valor chega a quase R$ 11 mil, valor suficiente para bancar, por exemplo, uma parte da viagem à próxima Copa e assistir aos jogos ao vivo. “Se há espaço no orçamento para jogar no bolão, também deveria haver para o investimen­to, mesmo que o valor seja mínimo. Para crescer o valor acumulado há três opções: aumentar o valor investido mensalment­e, procurar algo com rentabilid­ade maior ou alongar o prazo”, aconselha Alvarez.

Se o investimen­to escolhido fosse um pouco mais rentável, como uma renda fixa privada, os R$ 200 mensais se tornam mais de R$ 12 mil em quatro anos. Mas, ainda dá tempo de economizar antes mesmo das Oitavas de Final: “A primeira dica é economizar em saídas, assistindo alguns jogos na própria casa ou na de amigos. Nesse caso, não tenha vergonha de pedir a colaboraçã­o e dividir os gastos”.

É importante também definir um limite de gastos confortáve­l, sem compromete­r o orçamento. A sobra vai garantir o recurso necessário para começar uma reserva financeira. Independen­te do valor, o fundamenta­l é manter o plano. “Seguindo este teto, o consumidor não irá se enrolar”, completa.

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