Correio da Bahia

Cadeia do cacau é essencial para economia

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A cadeia do Cacau é uma das maiores do setor produtivo brasileiro, com forte participaç­ão no PIB. Ano passado, injetou mais de R$ 23 bilhões na economia, oscilando entre o 3º e o 6º maior Valor Bruto de Produção. Só as três maiores indústrias moageiras do Brasil, em Ilhéus, exportaram mais de R$ 1 bilhão em derivados em 2017.

Com o mercado interno de consumo de chocolate crescente, o setor reúne 30 mil produtores rurais - 80% são cacauicult­ores de pequeno porte, que possuem fazendas com menos de 50 hectares.

Mas, a produção é desigual entre as regiões. Entre os municípios de Gandu, Ipiaú, Camacã, Ubaitaba, Ilhéus e Itabuna, o predomínio é do sistema Cabruca, em sombra e sem irrigação. Com pouca tecnologia, a produtivid­ade é baixa, cerca de 15 arrobas por hectare, menos da metade dos produtores do Pará.

Já no Extremo Sul da Bahia, as plantações são a pleno sol, possuem maior uso de tecnologia, o plantio é irrigado e a produtivid­ade é alta. Há também produção de cacau irrigado no oeste da Bahia, em menor escala.

Nas agroindúst­rias, a amêndoa de cacau é separada em 50% gordura e 50% sólido. A gordura vira manteiga e a parte sólida é transforma­da em pó de cacau. O derivado principal é o líquor, o chocolate puro em forma líquida homogênea. A manteiga tem amplo uso, inclusive para fazer cosméticos, como batons.

Outra tendência é a segmentaçã­o do setor. Estima-se que existam atualmente na Bahia cerca de 70 marcas de chocolate de fabricação própria, os chamados chocolates gourmet. Cada vez mais procurados pelos, apontam para um mercado em expansão. Entre os 18 e 22 de julho, este potencial será mostrado no Festival Internacio­nal do Chocolate e Cacau, em Ilhéus.

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