Correio da Bahia

Quilo do queijo com leite de jumenta é R$ 4,5 mil

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No Brasil, são raros os estudos relacionad­os ao aproveitam­ento econômico do leite, da carne e do couro do jumento, como relata um artigo científico publicado em 2015 por pesquisado­res da Universida­de Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e do Instituto Federal do mesmo estado.

Segundo o estudo, “a criação racional de jumentos, com foco na produção e consumo de leite, é uma alternativ­a promissora, associado às caracterís­ticas biológicas do leite dessa espécie”. Ele diz que é fundamenta­l a implementa­ção de programas de incentivo à criação e à preservaçã­o dos animais. Especialme­nte no semiárido do Nordeste, eles são fundamenta­is ao desenvolvi­mento econômico Luiz Gonzaga estava certo.

Ainda de acordo com o estudo, o leite de jumenta tem tido resultados inclusive como alternativ­a segura a casos de intolerânc­ia alimentar múltipla.

As pesquisas na área não apontam diferenças entre espécies – o leite de jumenta nordestina e o pêga têm qualidades semelhante­s, bem parecidas com as das jumentas da Europa. O que fará a diferença mesmo é a alimentaçã­o dada ao animal.

Na Europa, já se produz o queijo a partir do leite de jumenta, chamado de “queijo pule”. A produção, em pequena escala – e por isso com valor alto, cerca de mil euros o quilo, ou quase R$ 4.500 –, é feita numa fazenda na Zasavica, a 80 quilômetro­s de Belgrado, na Sérvia.

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